terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Reunião do COPOM, sem interferência política; Moraes na CCJ, tomara que sem plagiar a ninguém; a perniciosa influência da Globo; e a pressão para tornar Lula inelegível

Enquanto começa a reunião do COPOM, que vai reduzir os juros como determinou ontem, em solenidade, o usurpador temer, aguardamos também a sabatina do plagiador Alexandre de Moraes na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que deverá ter lugar hoje.
Da reunião dos diretores do Banco Central, responsáveis pela definição da taxa básica de juros de mercado, admito que há pouco a comentar.
Afinal, não há qualquer pessoa com um mínimo de sensatez, especialmente os ligados à area econômica, que não seja favorável à redução das taxas de juros praticados no país, a maior taxa do mundo.
Principalmente quando a inflação dá sinais de estar em firme declínio, fruto especialmente da situação de depressão mais até que recessão, a que a política monetária de juros estratosféricos nos conduziu.
Sim. É verdade que a política de juros elevados contribuiu para a queda da inflação. Mas não foi esse instrumento o responsável pelo êxito obtido na busca da estabilização de preços.
Ao contrário, muitos economistas sempre se mostraram bastante críticos à medida adotada ainda na gestão de Alexandre Tombini, na fase de capitulação da presidente Dilma ao mercado financeiro e aos seus interesses.
Aqui mesmo, em meus pitacos, procurei chamar a atenção para o fato de que, tal qual o doente no hospital, há medicações que permitem baixar a febre (a inflação), não a prescrição do antibiótico fosse a correta, mas tão somente por ter conseguido levar o doente a óbito (recessão econômica).
Também não foram poucos os que argumentavam que as causas da inflação e de sua persistência, nada tinham a ver com uma pressão de demanda, capaz de provocar a escassez de produtos no mercado, e a elevação de preços.
Para esses economistas críticos, a inflação foi provocada pela correção de preços administrados empreendida por Levy, o homem do mercado que Dilma aceitou nomear como seu ministro da Fazenda, e representante do pensamento hegemônico do mercado financeiro e suas vozes conservadoras. Essa política, que buscava o resgate da verdade dos preços de mercado foi que serviu de combustível da fogueira da elevação de preços. No que teve a ajuda de problemas como a crise hídrica e climática que o país viveu no período, provocando elevação de preços de alimentos e produtos componentes da cesta básica. Tudo isso, sem contar a crise política provocada pela irresponsabilidade do presidente do maior partido da oposição, que qual menino mimado - que sempre mostrou ser-, acabou impedindo o país de funcionar e o governo de adotar e aprovar medidas recomendadas até mesmo pelos economistas de seu partido.
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Mas, se todos são favoráveis à redução da taxa de juros, para evitar os problemas que a taxa elevada acarreta, como a elevação da dívida pública; a geração de déficits cada vez mais elevados, impossíveis de serem acompanhados por elevações de receitas em momento em que os próprios juros altos induzem a redução do nível de atividade e aumento do desemprego; a preferência dos empresários pelas aplicações financeiras ao invés do estímulo ao investimento produtivo, entre outros males, qual a razão de meu comentário nesse pitaco?
A razão é apenas uma. E refere-se à postura de todos os analistas do mercado e da mídia em relação à pressão que o BC sofre para reduzir os juros. Pressão que vem do próprio usurpador, como a declaração mencionada no início, dada por ele em reunião com representantes do setor agropecuário ontem.
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Honestamente, apenas fico imaginando o que estaria sendo publicado, divulgado, comentado nas redes sociais e quais seriam as análises do mercado financeiro, caso essa pressão pela queda dos juros fosse uma ação de vontade da presidenta Dilma.
Imediatamente criticariam o voluntarismo da presidenta legítima. E não contentes, iriam argumentar de como era necessário transformar-se o Banco Central em órgão independente, para retirá-lo das garras e do assédio oriundo do campo político.
Naquele tempo....
Porque hoje, não é assim, já que o nome do eleito é.... refaçamos a frase, já que interesses escusos conseguiram colocar no posto de presidente, um mero paspalho. Pau mandado de interesses do grande capital, a quem serve de forma subserviente, razão de todo o apoio que recebe de seus patrões.
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Sem ser melancólico, é forçoso reconhecer que bem ou mal, e talvez mais mal que o contrário, Dilma tentava servir ao povo, eleita que foi. E ainda assim, o traiu, quando optou por capitular aos mercados no início de 2015.
O atual ocupante do cargo, lá levado por golpismo e um por um tipo de caráter prá lá de questionável tem como patrões os interesses de quem adulou seu enorme ego. E o colocou na posição em que se encontra, exatamente por seu caráter pulsilânime.
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Quanto a Moraes, indicado por temer para permitir blindar e estancar a sangria da Lava Jato, não precisamos comentar mais nada, em acréscimo ao postado ontem.
Vindo de um ex-ministro da Justiça, não há muito como tratar de alguém que pode chegar à Suprema Corte do país, para tratar da defesa do Estado democrático de Direito, conforme expresso em nossa Constituição, e que foi flagrado mentindo no seu currículo, mentindo em relação a seu comportamento frente a solicitação que lhe foi feita por uma governadora, e para concluir, apropriando-se indevidamente de ideias, pensamentos, textos de outros.
Como disse ontem, vai ter assento no STF, ao lado de seus iguais ou pares, gilmar, celso de mello, toffoli, carmens, etc.
O que, devo concordar, torna a casa mais homogênea.
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E o poder da Globo se esgueira e tenta se impor

Não poderia deixar de comentar o lamentável episódio de Curitiba, protagonizado pelo presidente da Federação Paranaense, que se intrometeu em questão comercial de dois de seus clubes filiados: Atlético Paranaense e Coritiba.
Alvos de verdadeiro desrespeito pela rede Globo, a manipuladora de todo o país, os clubes, em comum acordo, recusaram-se a vender os direitos de transmissão de seus jogos pelo preço de um Madureira, do falido e fracassado campeonato do Rio.
Usando do direito de que são detentores, preferiram fazer a transmissão pelo youtube, com possíveis rendimentos daí auferidos sendo vindo diretamente para os cofres dos clubes. Sem participação da Federação.
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Talvez como lacaio da Globo, ou como o capataz, que tratava do escravo com mais rigor que o próprio patrão escravagista, o tal presidente, acabou adotando medida destinada a obrigar os clubes a jogarem sem a transmissão via internet.
Altiva e conjuntamente, ambos preferiram não realizar a partida. E saíram de campo, frustrando mais de 20 mil torcedores presentes ao estádio.
O que poderia ter gerado uma reação popular e até uma tragédia, de que o presidente da FPF seria o principal responsável, talvez por achar que agindo com agiu, poderia ter algum benefício futuro, ou presente mesmo da globo.
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Mais tarde, mentiu tal qual Alexandre de Moraes, sem qualquer constrangimento, em programa da ESPN, para ser desmentido, não por uma governadora, mas pelo quarto árbitro, conforme mostrado pela tv UOL.
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Que sua mentira tivesse, como as demais, perna curta, é claro e cristalino, a partir do momento que não pode punir e não puniu qualquer das duas agremiações, limitando-se a remarcar o jogo para nova data.
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A pressão dos interesses do capital privado prossegue

E o Rio, sem qualquer estrutura, nem financeira, nem moral pode deixar de se curvar.
E sua Assembleia, aprova a autorização para a venda da Cedae - Companhia Estadual de Águas e Esgoto, ao menos no nome.
Porque água tratada tem, para atender a classe mais favorecida dos núcleos urbanos. Já esgoto, é uma lástima a proporção de residências atendidas.
E agora vai para as mãos de algum interessado em lucros. E que não irá fazer obras para melhoria das condições de quem não tem como pagar.
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Jucá e outros políticos

A mera reação de Jucá, ontem no Senado,  mostra todo seu desespero.
Pena que com ele, e como os amigos do usurpador, colocado para fazer o papel do rei, a Justiça não age como age com Lula e Dilma.
Mas, aqui é interessante observar que tudo que puder ser feito para evitar Lula em 2018, será feito. Inclusive obter uma condenação dele, alegando que cuspiu na rua, ou urinou em lugar público.
Interessa é retirá-lo da disputa política.
No entanto, não posso deixar de achar curioso que ele e Dilma atrapalharam o andamento de investigações, por ato que não pode se concretizar dada a pressa de gilmar mendes para cassar o direito de todo presidente nomear ministro a quem queira, já que sua prerrogativa.
Não é mesmo, celsinho???
Não foi esse o argumento com o Angorá???
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Sinal que a justiça dos homens age e é célere em nosso país. O que desmente aqueles que insistem em dizer que aqui é o reino da impunidade e da justiça falha e morosa.


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