Quando chegar a hora
Na matéria carcomida que restar
Derrame o combustível mais barato
E ateie fogo em tudo
Queimando para purificar
E exterminar qualquer resquício
Das frustrações e das derrotas que impus
A quem acreditou em mim
E acompanhou meus passos, solidário
Depois,
Dê cabo das cinzas
Varrendo-as para o lixo
Para que se misturem à poeira que marcam nossa existência
Permitindo que nova lufada
Possa nos levantar do chão
E arremessar em rodopio
Até nos cravar, cisco incômodo
Nos olhos cerrados de outro alguém.
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