quarta-feira, 17 de abril de 2013

Apostas para todos os gostos hoje

Quarta feira cheia de apostas no ar.
Desde apostas em relação à decisão do COPOM quanto ao novo valor da taxa básica de juros, a Selic, quanto a outros temas menos espinhosos, mas nem por isso, mais tranquilos.
Exceto talvez as  apostas na Mega-Sena, acumulada mais uma vez, e prometendo o pagamento de um prêmio superior a R$ 37 milhões, para quem acertar a totalidade das dezenas sorteadas.
E quando digo talvez, é por não ter ainda digerido devidamente a série de denúncias de haver, em certos momentos, uma manipulação de resultados, cuja finalidade nunca ficou muito clara, embora também nenhum tipo de investigação mais séria a respeito das acusações tenha sido jamais realizada ou divulgada como acho que merecido.
Entretanto, como diz o título da peça teatral que virou bordão, como o brasileiro tem por profissão a esperança, e também eu sou brasileiro e não desisto nunca, é muito provável que também eu vá fazer uma fezinha, que é pra vida melhorar.
Afinal, sonhar não custa nada...
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À noite, nesse horário completamente inadequado que a televisão resolveu nos impor, apenas visando o atendimento de seus interesses relacionados à manutenção de sua grade de programação, teremos o Galão da Massa contra o São Paulo.
Jogo difícil, na casa do adversário e, pelas características de que se reveste, sujeito a muita pressão, nervosismo e catimba.
Afinal, ao São Paulo, nenhum outro resultado importa, exceto vencer. Qualquer tropeço pode representar o adeus à permanência na Libertadores que, pela campanha até aqui realizada pelo time paulista,  seria o resultado mais justo.
Tanto que o São Paulo não depende apenas de seu resultado, o que ajuda a tornar o confronto de hoje no Morumbi, ainda mais nervoso.
Pelo lado do Atlético, embora ostentando a tranquilidade de jogar já como o time que acumulou maior número de pontos na primeira fase, conquistando as vantagens decorrentes dessa posição,  também há uma certa agitação. Afinal, o time pega um adversário desesperado e que, caso venha a obter um bom resultado, pode vir a ser o próximo adversário da equipe, já na fase do mata-mata.
E, depois de obtida uma vitória, a psicologia esportiva assinala que o time paulista teria um estado de espírito e ânimo mais confiante para a próxima decisão.
De mais a mais, todos se recordam que o Atlético não jogou bem contra o São Paulo no Independência, tendo vencido por placar apertado e passando sufoco no final.
Ainda está na memória de muitos torcedores, o chute nos instantes finais dado por um Ganso completamente livre, da entrada da área, que passou tirando tinta da trave de Victor.
Ganhamos é bem verdade e iniciamos ali a campanha até agora vitoriosa. Mas, se ali serviu como estímulo para a arrancada, não deve ser esquecido o perigo que o time paulista representa.
Acho que dá Galo. Talvez 2 a zero. Mas reconheço que isso é mais desejo e torcida que uma análise fria.
E acho que dá Galo, mais que pela necessidade de se eliminar o São Paulo, time mais experiente em mata-mata, várias vezes campeão da Libertadores, e  que cresce nos momentos decisivos, pelo fato de que é mais uma partida. E não concebo que qualquer jogador profissional pudesse entrar em campo achando que o jogo já está ganho ou não vale mais nada.
Em minha maneira de ver, qualquer jogo é jogo. E brigo para vencer até o jogo de palitinhos, a purrinha.
São Paulo vem sem Jadson, um de seus principais jogadores, sem o artilheiro Luis Fabiano, e com um Osvaldo em estado de graça. Mas, o Galo vem com Tardelli querendo a oportunidade de calar a boca, em campo, daqueles que o acusam de ser enganador. Mesma razão que deve levar Jô a querer mostrar que, quando estimulado e feliz, qualquer pessoa cresce e até resgata o que, um dia, já foi razão de elogios vários.
Situação semelhante à de Richarlyson. Ou de Ronaldinho Gaúcho, que a cada partida tem que provar que está completamente recuperado e jogando o melhor de seu futebol.
Mas, além desses motivos pessoais, o mais importante é que o time do Galo está fechado e focado. E que mais que as questões pessoais que podem influenciar a todos, o coletivo está e continua se impondo em campo.
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A última aposta é relativa à decisão a ser adotada pelo COPOM hoje.
Depois de tantas declarações, inclusive a correta afirmação de Mantega, de que os juros não são necessariamente capazes e suficientes para derrubar os preços, mas certamente muito bons para derrubar as expectativas, creio que a Selic pode aumentar.
Até mesmo a presidenta Dilma dá sinais de que essa é uma possibilidade real, embora depois de tal declaração eu não tenha visto nenhum analista de mercado, ou ligado a bancos, ou jornalistas da grande imprensa, ou quem quer que seja, dizendo que a presidenta está se intrometendo em questões em que não deveria. Como também ninguém lembrou de falar que a autonomia do Banco Central foi desrespeitada ou que não existe.
De minha parte, talvez essa seja a constatação mais interessante: quando as autoridades do executivo falavam em reduzir a taxa de juros, na contra-mão do interesse dos mercados, isso era uma vergonha e a autonomia do BC era violentamente questionada.
Agora, que o mesmo fenômenos se reproduz, exceto que na direção julgada correta, ninguém fala da autonomia.
Então, até para mostrar que existe sim a autonomia do Banco Central, eu torço para que o COPOM mantivesse a taxa básica, ainda que com voltando a aviés de alta.
Mas isso, sei bem, é torcida. Melhor mesmo é a taxa se elevar agora, talvez em até mais que o mercado espere, quem sabe em 0,75%. Para  fazer eco às palavras da presidenta, de que não há acordo com a inflação. Por outro lado, para dar tempo a que a inflação caia, as expectativas sejam revertidas, a população possa pensar que o governo está preocupada com ela e seus interesses, e para obrigar a imprensa mal intencionada a ter que, finalmente, admitir que, caso a opção adotada não surta os efeitos esperados, o fracasso não se deve à inação do governo, mas ao mau-caratismo de quem, aproveitando-se do momento, procura apenas elevar suas margens de lucro.
Pena que isso se dê em alimentos, especialmente. Mas, vem aí uma safra que pode ajudar ainda mais no combate à inflação e desmacaramento dos gananciosos de sempre.
Mais tarde, lá pelo final do ano, quem sabe com a inflação na meta ou próximo dela, a política não possa ser alterada novamente, e Dilma aproveitar de um ano de 2014 de novo soluço de crescimento para conquistar mais um mandato popular.
Enfim, a Selic deve elevar hoje, em 0,5%, já que a pressão é para algo nesse nível.
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No mais e sem qualquer aposta, hoje, no Mineirinho, mais um showzaço de André Rieu. Aqui o  resultado é garantido e sem erro. Pelo menos no palco.

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