segunda-feira, 28 de abril de 2014

Galo e Grêmio: o Galo ainda sem o dedo de Levir

Não dava para esperar muito mais do time do Atlético, destruído que foi pelo ex-treineiro, Autuori, de péssima lembrança e recordação.
Caiu já tarde, até. Mas deixou a sua marca como ficou claro ontem no jogo do Galo contra o Grêmio. A marca do medo, da covardia, da falta de objetividade.
Razão do Galo reter a bola em seus pés por mais tempo que o time gaúcho, sem qualquer consequência, já que a troca de passes nunca foi no sentido vertical, do gol.
Aliás, proposta de ficar segurando a bola na intermediária que, mais uma vez, obrigou a que Jô tivesse que vir buscar a bola fora da área, lá no meio do campo. E que incentiva as bolas atrasadas do meio campo, para a zona de defesa, numa tentativa repetida e enfadonha de estar sempre recomeçando a jogada.
Até que num desses atrasos de bola, e recomeço da armação da jogada, Alex Silva fez o que todo mundo sempre fica esperando: armou o contra-ataque do time do Grêmio, e deixou o jogador gremista cara a cara com Victor, que nada podia fazer para evitar o drible.
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Recém chegado ao time e ainda sem tempo ou condições de fazer sequer um treino pra valer, restou a Levir Culpi apenas colocar em campo os mesmos jogadores que participaram daquela atuação equivocada da Colômbia, e observar os problemas da equipe, como por exemplo, o fato de Jô estar saindo muito da área, que é a área de jogo em que ele sabe atuar, para vir buscar a bola que insiste em não chegar; de Donizete continuar acreditando que é capaz de ser o responsável por sair jogando com a bola dominada, quando todos sabem que ele é razoável apenas na destruição dos ataques do adversário; ou as deficiências de Léo Silva, sobre as quais não é preciso se alongar. Afinal, Léo Silva tem mostrado a todos que sua maior capacidade é quando abre a caixa de ferramentas e se propõe a distribuir botinadas.
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Quanto a Ronaldinho Gaúcho, ainda fora de forma, ao menos tentou aparecer em alguns lances no primeiro tempo, lutando, correndo e suando, como as câmaras puderam captar. Entretanto está muito longe do craque e do potencial que ele já provou que tem para oferecer.
Tardelli continua omisso, embora correndo sem qualquer objetividade.
Tanto que o time melhorou, mais uma vez, quando Guilherme e Marion substituíram aos dois principais jogadores da frente do time do Galo.
Dessa vez, a melhora não foi tão nítida quanto a sentida no jogo da Colômbia, mas ainda assim fez diferença. Tanto que o Galo partiu, com outro espírito, para a frente e, na área, subindo em uma bola que muitos jogadores teriam abandonado e deixado se perder, Jô conseguiu servir a Fernandinho e o Galo conseguir descontar no placar.
O que foi pouco, entretanto, para evitar uma derrota que nos coloca na primeira posição acima da linha do rebaixamento.
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Infelizmente, Levir não terá tempo para mudar qualquer coisa até a quinta, 1º de maio, dia do Trabalho, quando decidimos em casa nossa sorte na Libertadores.
Resta-lhe apenas tentar algum trabalho motivacional, de incentivo, na tentativa de resgatar o brio dos jogadores do Galão. E torcer, para que, mesmo no sufoco e no embalo da massa, o time tenha chance de prolongar sua permanência na competição internacional.
E, claro, torcer pela volta de Marcos Rocha na lateral, o mais rápido possível.

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