quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pitacos breves sobre desacertos: entre os quais Anelka; Autuori

Krugman, brilhante economista laureado com prêmio equivalente a um Nobel de Economia, ao ser questionado sobre a crise da economia brasileira, afirmou não ver nenhuma crise no horizonte de nosso país. Ao contrário, apresentou dados e argumentos que mostram que, se a situação brasileira quase quatro anos depois da saída de Lula do poder apresentou alguma degradação, isso não significa que estejamos em situação crítica.
Os números da economia são confortáveis; a inflação embora mais elevada continua dentro do intervalo do sistema de metas; não há qualquer estouro do programa de metas inflacionárias apenas porque não irá ser atingido o centro da meta; continuamos fazendo um superávit primário, e a dívida continua em patamares confortáveis, etc. etc. Além do desemprego estar em queda.
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Mas nada disso importa para a imprensa que quer forçar a criação de um ambiente negativo, pessimista, que acaba se tornando real. Assim o grau de confiança do consumidor cai, as pessoas começam a se preocupar em não tomar crédito e passam a cortar gastos em consumo, os empresários começam a sentir o baixo astral tomar conta das suas expectativas.
Com expectativas negativas, cortam decisões importantes de investimento, o que alimenta a crítica de que o país investe pouco e está fadado a não apresentar crescimento econômico. Alguns, tomados por um pessimismo que se alastra ainda mais, dado o período eleitoral, cortam decisões de produção, e lá pela época das eleições, algum desemprego maior levará o povo a culpar o governo por toda a crise. E votar contra.
Justo o que a imprensa desejava e criou, ao publicar notícias em tom alarmista.
E os senhores do poder real, o poder econômico, voltam a virar o jogo a seu favor, trazendo de volta os políticos comprometidos mais com as classes de elite e menos com o prosseguimento da melhoria do padrão de distribuição de renda e das condições de vida da massa.



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Mais uma bola fora de Kalil, agora em relação à contratação de Anelka. E sua pressa em anunciar pelo twitter coisas que podem lhe dar prestígio, status, até votos agora que ele deseja se candidatar a cargo político, embora seja necessário verificar se a contratação de um jogador com o comportamento do francês fora e dentro de campo seja tão elogiável.
Afinal, por maior jogador que tenha sido, já com 35 anos de idade, e fora de campo há alguns meses, a contratação de Anelka sempre deveria ser considerada uma aposta de risco. Uma temeridade.
Mas eu mesmo elogiei a contratação. Pelo menos como jogada de marketing, extremamente exitosa em escala mundial.
Não fosse não ter terminado bem, e o nome do Galo, que tanto ganhou com o anúncio anterior poder estar hoje sendo passível de comentários e críticas que o coloquem como no mínimo um clube de decisões afoitas.
Tomara que não. E que recaia sobre o mau comportamento e mau caratismo do jogador as observações.
Mas que o torcedor do Galo se frustra mais uma vez, isso não resta dúvida.


E que tal se aproveitando a economia que a frustração irá promover, Kalil não contrata o técnico do Barcelona, que mesmo não tendo feitos um trabalho de destaque, não pode ser inferior, por que ninguém consegue tal feito, ao "destrabalho" de Autuori.


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