segunda-feira, 8 de julho de 2013

E na semana decisiva, não dá para ficar sem falar do Galo

Embora preocupado com o resultado da quarta-feira, acho que dá para o Galo reverter o placar adverso, construído com grande capacidade pelo Newell's Old Boys na Argentina, na última semana.
Mas confesso que continuo menos preocupado com o fato de termos de fazer gols, que acho que nosso time dá conta de fazer, caso parta mesmo com fome para cima do adversário, que com nossa defesa e nosso sistema defensivo.
Porque nosso sistema defensivo é fraco, embora com nomes da envergadura de Victor, Réver e Leo Silva, Rafael Marques e Gilberto Silva, Pierre, Josué e Donizete, Marcos Rocha...
E isso ficou comprovado ontem, mais uma vez, contra o Criciúma.
Não sei a opinião de outros torcedores e sofredores do Galão da massa. Mas, a verdade é que levamos gols em praticamente todos os jogos que disputamos, num "revival" do grande Santos de Pelé da década de 60, ou do Botafogo de Garrincha da mesma época. Para os que viram se lembrarem, esses eram times que levavam gols, mas faziam muito maior quantidade de gols o que assegurava vitórias, em geral, com grande número de gols.
***
Pois o Galo por suas características, lembra muito aqueles times, com um quarteto ofensivo com muito poder, mas um meio campo e uma retaguarda que parece sempre ser pega de surpresa; com os jogadores dos times adversários sempre entrando com facilidade tocando bola pelo meio, até que fiquemos à mercê de um golpe de sorte que proteja nosso gol, ou de um golpe de ansiedade ou ruindade mesmo, dos atacantes inimigos.
E, curiosamente, o mesmo acontece com o time considerado titular e também com o time que jogou ontem, por exemplo.
Sinal de que a questão não é de nomes, de jogadores, mas de esquema.
Por isso a minha opinião postada depois da derrota em Rosário. Afinal, se o esquema privilegia o ataque, porque na hora de um jogo decisivo, mudar tudo e colocar o time na defensiva, para não levar gol?
E é importante deixar claro que erro, em minha opinião, foi abdicar de jogar como o time vem jogando e encantando, e conquistando pontos preciosos e vitórias consagradoras.
Porque como meu velho tio dizia, também acredito que a melhor defesa é o ataque.
***
Tomara que na quarta próxima, nossos jogadores da retaguarda estejam mais atentos e nosso Victor com toda a sorte do mundo. E que nosso ataque volte a mostrar o brilho que fez o time ter a melhor campanha da primeira fase da Libertadores. Marcando a saída de bola, encurtando espaços, dando um verdadeiro sufoco na boa equipe argentina. E sem permitir que os jogadores de frente tenham condições de fazerem rápidas trocas de passes, e as triangulações que infernizaram a vida do torcedor na última quarta.
***
Um último comentário, de justiça: eu que nunca fui favorável à contratação ou escalação mesmo de Guilherme tenho que dar a mão à palmatória. Ontem foi talvez sua melhor partida no Galo. Em uma posição que ele sempre reclamou de jogar, considerando-se um jogador mais de frente.
Mas ontem, independente disso, Guilherme foi o grande nome do time do Galo, com lançamentos primorosos e participação importante em dois dos gols do Atlético.
Jogando com inteligência e rapidez, atributos que muitos torcedores sempre cobraram dele.
A Guilherme, pela sua participação ontem, meu obrigado.
E que continue assim, para alegria da massa.

Nenhum comentário: