sexta-feira, 12 de julho de 2013

Pitacos ligeiros

A imprensa exulta. Os analistas do mercado financeiro fazem coro. Comemoram mais uma elevação da taxa Selic, decretada pelo COPOM, na última quarta-feira.
Em consonância com o mercado (alguém poderia dizer, atendendo à voz rouca dos mercados) a taxa foi elevada em 0,5% batendo no patamar de 8,5%.
A satisfação é imensa, porque o comportamento revela que a Autoridade Monetária, resolveu "tomar juízo". E, vitoriosos mas humildes, postura e comportamento que deve se esperar de tantos quantos recuperam ou reafirmam seu poder, já ocupam a mídia para, com ar grave, arriscar previsões que colocam a taxa básica de juros em até 10% até o final do ano.
Tudo para combater a inflação, que continua mostrando resistência à baixa, independente de a demanda, em especial a de consumo das famílias estar sinalizando estar entrando em declínio.
Junte-se a queda do consumo à do investimento e à da exportação, em função da menor demanda de nossos parceiros comerciais, em crise, e imediatamente surgirá o vilão responsável pela inflação: o governo e seus gastos excessivos.
Misture isso com a necessidade premente de atender aos reclamos das manifestações das ruas, a maior parte delas, exigindo alguma medida ou de elevação de gastos ou de corte de receitas, e teremos descoberto o foco e alvo de todas as mazelas do país. E onde, por esse motivo, os críticos de sempre querem chegar: o gasto excessivo com a inchada folha de pessoal.
No futuro, cobre do governo medidas para desinchar a folha e, quem sabe até, uma reestruturação dos quadros de funcionários públicos.
E, para fazer face à má qualidade do atendimento público, muito 'en passant', sugira a privatização dos serviços de qualidade duvidosa prestados pela máquina do governo.
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Outra possibilidade é a de a presidenta Dilma e seu governo, representado pelo Banco Central e seus diretores, estarem aproveitando o ano pré-eleitoral para adotarem, agora, o remédio amargo dos juros elevados, reduzindo o ritmo da evolução da economia e ferindo de morte o dragão da inflação. E, de quebra, abrindo espaço para que, com a inflação em níveis mais comportados ou civilizados, no ano que vem o governo poder voltar a trocar o saco de maldades pelo de bondades que, em geral, antecede a época de eleições.
A ver.
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Belo Horizonte continua, ainda, sob o alto astral que tomou conta de grande parcela da população com a classificação do Atlético para a final da Libertadores.
No caso do astral, especialmente pela corrente de fé que foi criada no Independência e na capital de Minas, e pela emocionante forma com que a classificação foi obtida.
Que venha o Olímpia. 
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Para aqueles que seguem pela Raja, subindo do Santo Agostinho em direção ao BH Shopping, e entram na sinuosa e perigosa via que liga ao Buritis, uma dica imperdível: ir ao Caçapas Sul Choperia e Snooker Bar. Casa com decoração e vista privilegiada, em ambiente agradável e excelente atendimento.
O endereço é r. José Rodrigues Pereira, 640.
Tem mesa de sinuca para todo o gosto e a casa está bombando. Vale conferir.
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GALÃO da Massa.


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