quarta-feira, 17 de julho de 2013

Galo no Paraguai: e eu continuo acreditando!!!

Hoje à noite, mais uma decisão para o Galo, rumo ao sonhado título de campeão da Libertadores.
E, como mudaram os tempos, apesar de algumas mudanças demorarem mais para acontecer, o jogo de hoje não se trata de nenhuma guerra. O que felizmente nos livrou de ver manchetes de jornais falando de Guerra do Paraguai.
O que, convenhamos é até estranho, já que o jogo será no Defensores del Chaco, o que nos remete imediatamente, à Guerra da região do Chaco, travada pelo Paraguai contra a Bolívia.
Lembro-me de quando, em passeio pelo interior do país vizinho, e perdido, acabei adentrando por uma região com forte aparato militar, que me falaram estar ligado ainda à região do Chaco.
De mais a mais, nossas 'veias abertas da América Latina' deveriam estar suficientemente marcadas em nossas memórias, impedindo-nos e até envergonhando-nos de fazer qualquer referência à Guerra do Paraguai.
Afinal, foi necessária a união de três países do porte de um Uruguai, Argentina e Brasil para defender os interesses escusos do capitalismo inglês.
E olhe que Solano Lopes ainda nos deu muito trabalho, que o diga nosso grande militar Duque de Caxias...
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Mas a partida de hoje, por mais que cercada de emoção e disposição de luta, é outra coisa. E, sem qualquer desrespeito ao time do Olimpia, tricampeão da taça que tanto almejamos, uma intuição me diz que hoje o resultado nos será favorável, com o Galo voltando com um placar que, quero crer, será de 2 a zero.
O que não define coisa alguma, e não nos dá, ao contrário do que muitos poderiam acreditar, o título.
Afinal, já de há muito, deveríamos ter aprendido que futebol se ganha dentro de campo. E apenas depois do apito final do juiz, como nos ensina a lembrança do jogo aqui no Horto, contra a valente e boa equipe do Tijuana.
E, quando falo em um resultado de  2 a zero a nosso favor, não significa que é por acreditar que o time do Olimpia seja pior que o do Tijuana ou o time do Newell's, que foi goleado por esse mesmo Olimpia.
Ao contrário, só o fato de ter chegado à final, e não qualquer dos dois times citados, já transforma o time paraguaio em o time mais difícil e a partida de hoje como a mais importante de toda nossa campanha. Pelo menos até a próxima partida - a que decide tudo, na próxima quarta feira, dia 24.
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Apenas gostaria de ratificar meu palpite, declarando que, como todo torcedor do Atlético, não gostaria de ver o time entrando em campo para jogar na defesa, de modo acovardado como iniciou o jogo contra o NOB, em Rosário.
Entrar para jogar fechado na defesa, no caso do Galo, significa abdicar daquilo que o time tem de melhor, seu poderio ofensivo. Mesmo que sob o argumento de estar jogando fora, na casa do adversário, ou usando a tática dos contra-ataques.
A opção do contra-ataque funciona e funcionaria, caso o Atlético logo no início conseguisse marcar um gol obrigando o time paraguaio a se abrir e partir com tudo para cima. Fora isso, entrar atraindo o adversário para cima de nossa defesa e deixar que eles encurtem os espaços do campo, ao contrário de nosso time, em minha opinião é querer tomar um sufoco que não precisamos - nós os atleticanos sofredores, tomar.
E nem merecemos.
Isso significa que precisamos apenas jogar nosso futebol feijão com arroz, tradicional. E, ficarmos atentos e ligados 100% do tempo.
Essa é, na verdade, a fórmula mais simples e mais eficiente para conseguirmos derrotar o Olimpia e sairmos na frente nessa decisão.
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Que Deus ilumine e acompanhe nossos atletas, Ronaldinho Gaúcho, Réver, Jô, Tardelli, Pierre, Leo Silva, Marcos Rocha, Richarlyson, Guilherme ou Luan, e que possa, sob a intecessão de São Victor, nos ajudar a sair do Defensores del Chaco com meio caminho andado para a conquista desse título tão sonhado.
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Um PS para falar do texto de Tostão na Folha, tratando do que ele chamou de espírito do Galo Doido. Espírito que, em minha opinião, ele acabou relativizando, e transformando em uma verdadeira integração entre time e torcida. Como se fosse diferente com qualquer outro time de grande, vibrante e fiel torcida.
Como é raro ver o ex-jogador cruzeirense, agora transformado em cronista, elogiar o Galo, sabe-se lá por que, no fundo, pareceu-me que Tostão queria era falar do tipo de futebol de chutão que o Atlético adota, e adotou contra o Newell's. Como se um time lutando desesperadamente para obter um resultado, já vendo se aproximar o final do jogo, fosse manter o padrão e disciplina tática, que apenas ele parece não ter enxergado no time do Galo.
Enfim, na Folha de ontem, se não me engano, outro cronista, ocupando o mesmo espaço deu a resposta que acho que Tostão merecia, dizendo-se mais um fanático pelo estilo Galo Doido, se por esse estilo, quisermos expressar emoção, entrega e vibração.
É isso.

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