Enquanto o time do Galo, todo cheio de alterações vencia o Flamengo, em jogo que deu MUITO sono em quem estava assistindo, com um gol tão bonito quanto improvável de Lucas Cândido, o outro time de BH na divisão principal do Campeonato Brasileiro voltava a ser derrotado na competição.
Desta feita em Curitiba, para o time da casa: o Coxa.
Razão para que grande parte da torcida e de profissionais da crônica esportiva passassem a criticar novamente o técnico Marcelo Oliveira.
O que acho um absurdo, mas completamente previsível no time azul.
Afinal essa é uma característica da torcida celeste, segundo alguns tão acostumada a vencer que não é capaz de apoiar o time quando de algumas dificuldades, mesmo que passageiras.
Vá lá, embora essa percepção de "tão acostumada a vencer" seja mais uma invenção já que o último título de importância já vai se transformando em uma cada vez mais apagada memória e uma amarelada foto na parede.
Acho Marcelo um excelente técnico. Um estudioso e entendedor do futebol. Que o digam os próprios comandados, seja no Atlético, quando esteve por lá. Seja no próprio Cruzeiro agora. Por isso os jogadores do time o respeitam e o homenageiam, brincando com seu líder.
Porque Marcelo não é o professor. Boleiro que foi, e de excelente qualidade, Marcelo é o cara que mostra para os seus jogadores que sabe do que está falando por ter mais idade e mais experiência. E é isso que faz o plantel do time que ele dirige se fechar em torno dele.
De sua capacidade, que o diga a torcida do Coxa, que reconhecendo todo seu trabalho aplaudiu sua entrada no domingo em campo.
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Então porque razão o Cruzeiro que vinha embalado no campeonato, danou a perder.
As hipóteses são várias e todas plausíveis, mas a primeira questão a ser discutida é que o time de Marcelo começou para sorte dele, apenas a essa altura já bastante avançada do campeonato a sofrer daquilo que outros times experimentaram desde o início. Refiro-me à questão do cansaço, de contusões, suspensões e outras várias causas, como as convocações para a seleção, que o time agora tem enfrentado e que impede a manutenção da mesma equipe por jogos seguidos e, de certa forma, prejudica o entrosamento e o rendimento do time.
Por outro lado, chegando já ao final de um ano de muitos jogos, como sempre no calendário desorganizado de nosso futebol, e ostentando uma vantagem que lhe assegura 97% de probabilidades de ganhar o título, é natural que o time dê mesmo uma desacelerada. E comece a jogar com o freio de mão puxado, independente do que o técnico esteja mandando ou berrando na beira do gramado.
Lances que no início do campeonato o jogador poria o pé com vontade, correndo riscos de se machucar, por exemplo, ele agora pensa duas vezes, já que a fatura está praticamente liquidada.
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Como atleticano que sou, acho muito lamentável que o time tenha aberto tanta vantagem e que seja já virtualmente o campeão. Admito para que o Imponderável de Souza, primo irmão do Sobrenatural de Almeida consiga impedir esse título. Mas, a verdade é que o Cruzeiro jogava enquanto outros dormiam.
E daí a diferença que ele colocou. A tal ponto e aproveitando-se da sonolência dos rivais que nem mesmo o que vimos acontecer no ano passado teve chance de ser tentado novamente.
Ou seja: nem a CBF, nem os juízes, nem a imprensa carioca ou paulista percebeu o que estava acontecendo, para tirar com a mão do gato (no caso os árbitros), o que o time fazia em campo.
Ao contrário do Atlético, garfado no ano passado, escandalosamente, o Cruzeiro não teve problemas com arbitragens, maiores que os normais que todos enfrentam.
Abrindo parênteses: o Galo só chegou a campeão da Libertadores, porque era a Conmebol e não a CBF...
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Mas, o que acho que explica mais a questão da campanha do time de Marcelo, é que enquanto está em franca e natural desaceleração, consequência da folga que ele mesmo criou, vai enfrentar alguns times que estão lutando pela sobrevivência. Sem nada a perder. Alguns em casa.
Para esses, é natural que o time de Marcelo venha a perder ou enfrentar dificuldades homéricas. Não digo o mesmo em relação aos jogos contra os times que lutam desesperadamente para fugir do rebaixamento nos domínios do adversário. Embora mesmo nesses jogos o time de Fábio não terá a mesma facilidade que vinha tendo.
Afinal, quem está lutando para não cair, não tem mais nada a perder. E se os jogadores tiverem brio, como parece que a maioria tem, vão para cima com tudo.
E, franco atiradores, acabam conseguindo coisas que até o mais crédulo, duvida.
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De minha parte, continuo torcendo para que o estigma do Fluminense que foi capaz de não ser rebaixado sob a batuta de Cuca possa prevalecer e que a probabilidade possa mais uma vez perder de goleada para o que se passa dentro das quatro linhas.
Censura
Sou a favor da publicação de qualquer biografia, especialmente das não autorizadas.
Isso porque a biografia chapa branca conta a história que o personagem central criou para si. Não necessariamente a que reflete sua vida e sua trajetória.
Ora biografia autorizada é livro de memórias. Pode ser de grande qualidade e importância, mas sempre será a versão edulcorada da vida do autor.
São vários os exemplos de como o personagem objeto da homenagem pode acabar influenciando a descrição de sua história e moldando a imagem que lhe interessa transmitir. E como são objeto de manipulação, ou podem ser, acho que muito da compreensão da personagem se perde.
E vou repetir para ficar mais evidente: em minha opinião, quem resolve gastar seu tempo, pesquisando e entrevistando e relatando a vida de outra pessoa, está prestando uma das maiores homenagens a essa outra pessoa que pode ser imaginada.
Afinal, pública ou não a pessoa, a imagem, a figura biografada, o que interessa divulgar a vida dela, se o autor não imaginasse que teria um impacto - não comercial, apenas, mas de exemplo, para o bem ou para o mal?
Porque se para a História poderia ser muito útil a biografia de um Zé da Silva qualquer, morador de um barraco pendurado no morro, e usuário de quatro ônibus todo dia, para se deslocar até o trabalho, a verdade é que essa biografia, autorizada ou não, não seria escrita, nem publicada.
Então, a biografia é uma homenagem. E se não é uma homenagem à pessoa, ao menos ao ambiente, ao meio de que ela fez parte.
E muitas vezes é exatamente naquilo que a pessoa não gostaria de ver publicado, que se encontra a explicação para muitas das ações, dos riscos, das posturas e comportamentos que a pessoa adota e que, por isso mesmo, a transforma em uma pessoa ímpar. Capaz de vencer obstáculos, problemas físicos que a outros abateria, problemas que apenas sua tenacidade seria capaz de fazê-la superar e destacar-se em um mundo em que são raros os exemplos de obstinação e êxito.
Em minha opinião, independente de a pessoa ser pública ou não, sua vida pode sim valer a pena ser contada e divulgada, caso algum fato extraordinário o justifique. Para que possa servir de exemplo do que deve ser copiado ou até evitado.
Mas que, participe da sociedade humana, cada um possa ter sua experiência compartilhada com os seus iguais.
Para mim, sua vida não deve ser objeto de bisbilhoteiros, apenas para vender tabloides sensacionalistas, como as milhares de revistas de fofocas que existem, pululam por aí, incentivadas até mesmo pelas pseudo-celebridades a que dedicam tempo e páginas, apenas para cultivo da egolatria ou vaidade desses personagens. Muitas vezes, esses sim, sem qualquer interesse em suas vidas, capaz de ser objeto de exposição aos leitores.
Embora ache que para esses "biografados" cuja vida é exposta de forma a deixá-los em evidência, mesmo que leve e docemente constrangidos, nas revistas de fofocas, no fim das contas o público leitor e consumidor é que deve ser apontado como responsável.
E esse público é que deve ser punido por esse comportamento. O que já acontece, ao lerem tais revistas.
Referências
Dessa turma de grupos coletivos de compra, recomendo a ida ao site do NowOn.
Uma proposta diferente, que permite aproveitar as oportunidades de descontos dados na hora em que a promoção está ocorrendo.
E que tem tido muitos elogios dos seguidores, consumidores e clientes.
O NowOn é muito bom e sério. E vale a pena conhecer e se ligar a ele.
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