sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Galo, Botafogo, decisão na cara ou coroa; roubalheira dos juízes e inflação em queda: vários pitacos em um só

Mais uma vez, de forma escandalosa e, por uma estranha coincidência contra o Botafogo, o Galo foi garfado pela arbitragem, no Horto, no último dia 7.
Mais uma vez, porque já vem de longe, as críticas às arbitragens e a favorecimentos a um time, que as partidas entre ambos enfrentam. No mínimo desde a palhaçada praticada pelo Botafogo em 1967, quando derrotado em Minas, em jogo de volta  pela então Taça Brasil, desceu no Galeão com o volante Carlos Alberto de perna gessada, reclamando das agressões sofridas por seus atletas em campo e às quais o juiz assistiu passivamente.
Diga-se de passagem que, na verdade, não houve a agressão que a imprensa carioca, bairrista como sempre, arquitetou com a direção do clube carioca, como forma de tentar se justificar perante sua torcida.
Bem o final dessa história é que, na ocasião, o clima criado pelo Botafogo e imprensa foi tal que o jogo decisivo da "negra" ou o terceiro jogo da melhor de três, que constava do regulamento naquela época, foi adiado, face à recusa do time carioca de voltar a Minas para disputá-la.
A jogada do Botafogo foi derrotada e o time carioca voltou a Minas onde se deu nova partida, terminada com o empate de zero a zero.
O Galo, no sorteio de cara ou coroa, representado por seu capital Décio Teixeira, foi vitorioso. Deu coroa.
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Mas, não podemos esquecer de outra, no Rio, quando Tchô foi calçado dentro da área, de forma inequívoca, com o juiz não marcando a penalidade que, sendo convertida, classificaria o Galão para a final. O juiz, Carlos Eugênio Simon, hoje comentarista de arbitragens da Fox Sports, prestou um grande serviço ao time carioca. E, como sempre, prejudicou ao Galo.
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Agora, foi em Minas, Belo Horizonte, dentro do Horto, e mais uma vez, dois penalties não foram dados, ambos sobre Luan. O segundo tão vexatório que nem compensa ficar discutindo. Depois de uma furada do defensor do Bota.
E com isso, a reação do Galo foi frustrada,  com o Atlético conquistando apenas um empate.
Empate com o próprio Luan, no minuto final, o que permitiu um sabor de vitória, mas...
Que Kalil possa brigar pelos direitos do Galo, apresentando algum tipo de reclamação formal contra os árbitros, e pedindo sua punição, embora, se sabe que a CBF, como restou comprovado no ano passado, não é muito de punir juízes que prejudiquem aos times que com ela não mantêm relações de compadrio.
Especialmente se o time prejudicado é o Galão da massa, como o campeonato do Flu no ano passado deixou claro.

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E a inflação caiu, para o patamar mais baixo de um mês de julho, em anos.
Com a baixa dos preços de alimentos e a queda nos preços de ônibus urbanos, sendo os argumentos utilizados para justificar o índice de 0,03% alcançados.
O que nos dá razão nos comentários sobre o tema que fizemos ao longo de todo esse ano, quando afirmávamos que a inflação era de choque de alimentos e, portanto, não havia necessidade de se elevar os juros, como o mercado financeiro e seus analistas de plantão demandavam e até exigiam.
Tudo bem, de choque de oferta de alimentos ou não, temos de reconhecer que a elevação da Selic tem, ao menos o efeito de se evitar sua propagação por outros produtos e setores da economia brasileira. A custo, claro, de maior restrição a um possível e necessário crescimento. Mas, o fato é que a Selic subiu e todos, de forma unânime não responsabilizaram a política monetária pelo êxito do resultado. O que já é algo positivo.
Dizer que os preços dos alimentos se reduziram é, apenas, reconhecer que nova safra está entrando no mercado, especialmente para os produtos considerados vilões do aumento anterior.
O que é resultado comum e previsível na atividade agrícola ou agropecuária.
Quanto às passagens de ônibus urbanos, que muitos atribuem sua redução às manifestações de junho, há que se tomar algum cuidado.
Afinal, em uma cidade como São Paulo, por exemplo, as passagens não teriam qualquer explicação na queda da inflação, uma vez que o início das manifestações se atribui à tentativa de impedir o aumento de entrar em vigor.
Ora, se o aumento não chegou a entrar em vigor, não poderia ter elevado os índices. E a decisão de anular tais aumentos também não poderia, agora, ser usada como argumento para justificar a queda.
E, só a título de lembrete: as passagens caíram, na maioria das cidades, porque foi feito o repasse da redução da carga de tributos incidentes sobre o preço das tarifas para a população. Redução determinada pelo governo federal, Dilma à frente, e que as empresas de ônibus, com a conivência de prefeitos e outros mandatários políticos estavam embolsando.
É isso.

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