Que a saída de Vitinho possa ter sido tumultuada e possa ter gerado mal-estar junto ao grupo de jogadores do Botafogo pela forma e pressa com que aconteceu, é um fato.
Mas, a partir daí, inferir que essa ocorrência irá provocar uma desestruturação do time carioca e que, por esse motivo, o Botafogo torna-se presa fácil para o jogo de hoje à noite, contra o Galo, no Horto, vai uma distância enorme, em minha opinião.
Porque exatamente nessas horas e nesse tipo de situações, é comum acontecer o contrário daquilo que as pessoas esperavam, com os jogadores que permaneceram no time se unindo e, a partir daí, adquirindo uma força nova, extra, para dar sequência a sua jornada.
Exemplos desse tipo de reação de grupo, logo após a ocorrência de algum trauma, tem sido registrados ao longo do tempo, o que não permite a nós, atleticanos, contar com facilidades na difícil missão que temos hoje, de vencer por uma diferença de no mínimo dois gols, desde que essa diferença não seja por placar a partir de 4 a 2.
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Motivos que justificassem uma possível má atuação da equipe carioca, até em situações anteriores à saída de sua principal revelação, já vieram a público, e não alteraram o espírito de união demonstrado pelo grupo, incluído aí, seu comandante Oswaldo de Oliveira.
Afinal, já se tornaram públicas notícias de salários atrasados e da insatisfação daí decorrente, inclusive por meio de mensagens postadas em redes sociais pela esposa de Oswaldo de Oliveira, o que não foi suficiente para provocar alguma reação do grupo, que continuou apresentando o mesmo futebol de boa qualidade, que o conduziu ao segundo lugar na tabela do Brasileirão.
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Entretanto, o jogo de hoje tem um elemento novo, a ser considerado. É que, embora o Botafogo conte com jogadores de frente bastante perigosos, como o uruguaio Lodeiro, e Rafael Marques além do excelente Seedorf, perde seu atacante mais perigoso, em um jogo em que um a marcação de um único gol pode definir sua passagem para a fase seguinte.
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Mas, já falei demais do time carioca, e meu assunto aqui é o Galo e a esperança de todos nós atleticanos de que se repita, nessa Copa do Brasil, a mesma corrente positiva que permitiu ao Galo se superar a cada jogo, para se sagrar o grande campeão da Libertadores.
E se falei do Botafogo, foi apenas para servir de alerta para que nosso time empurrado pelo entusiasmo de nossa torcida, espere um jogo fácil essa noite.
Será, mais uma vez, como é característica de nosso time, uma partida dura e difícil. Com uma classificação, que ACREDITO, será conquistada com sofrimento como é nossa tradição.
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O importante, no entanto, é que com a volta de Pierre, e com a defesa jogando mais focada, o Atlético pode fazer uma grande partida, relembrando partidas memoráveis disputadas nesse ano, como aquela contra o São Paulo, a contra o Arsenal, etc.
E isso não é impossível, claro.
Basta que o time inicie o jogo sufocando o Botafogo, marcando sob pressão a saída de bola do Botafogo, explorando a velocidade de Luan, a mobilidade desconcertante de Tardelli, a genialidade de Ronaldinho Gaúcho e a disposição que vem sendo demonstrada por Jô, que já está passando da hora de voltar a balançar as redes, como ele próprio admite.
É certo que Jô tem dado assistências e compensado com outras importantes participações e contribuições, os gols que não tem assinalado, mas já está na hora de o artilheiro do Galo na temporada voltar a marcar fazendo as pazes com o gol.
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Por ser um jogo no Horto, por ter o apoio da torcida, por saber que é um jogo em que o coração tem de estar colocado na ponta de cada chuteira, por saber da mística do Galo, e por acreditar que o nosso time aprendeu, finalmente a jogar partidas no formato de mata-mata, acredito que o Galo consegue hoje a sua classificação para as quartas de final.
O único senão, e não é pequeno, é o horário, completamente na contra-mão do que recomendaria o bom-senso, se fosse o bom senso que guiasse a fixação desses horários esdrúxulos, e não os interesses comerciais, da programação da rede Globo e suas afiliadas ou associadas, tipo o canal Sportv.
Em grandes centros urbanos, em que o horário de saída dos funcionários públicos, o encerramento de horário de aulas, a saída de vários empregados é exatamente o das 18 horas, marcar uma partida para as 19:30, é só por mais combustível na fogueira do trânsito sempre caótico do horário.
O que é uma pena, já que afasta a possibilidade de grande parte da torcida chegar ao estádio a tempo de poder acompanhar o início do jogo, o que, não raras vezes, desestimula a própria ida ao campo para dar a necessária força a nossos jogadores.
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Mas, enquanto a Globo mandar em nosso futebol e tratá-lo como vem fazendo, submetendo o esporte mais popular de nosso país e que deveria ser tratado, justamente por esse motivo, de forma mais séria, a seus caprichos, vamos continuar vendo jogos, sem público, nos horários de 19 horas, 19:30, ou ainda nos horários a partir das 22 horas, restando-nos apenas torcer para que a emissora não cisme de marcar jogos para o horário do Corujão da madrugada.
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