sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PIB, Economia e o azar do mês de AGOSTO, em especial na Câmara Federal

PIB em alta, de 1,5%, no trimestre e 3,3% no ano, e dólar em queda. Inflação contida, e o COPOM elevando ainda em mais 0,5% a SELIC.
Indústria crescendo, e a agropecuária dando um show, com promessa de safra recorde de 86 milhões de toneladas da soja.
Enfim, encerramos o mês de agosto com boas notícias para o panorama econômico, o que apenas vem reforçar o estigma do mês, considerado aziago.
Afinal, foi em agosto que Getúlio se suicidou, em 1954; que Jânio cometeu a atitude inesperada da renúncia, que ajudou e apressou o mergulho do país no caos. Foi em agosto, em um dia 22 do ano de 1976 que Juscelino sofreu o acidente suspeito, responsável por sua morte.
Agosto tem uma certa tradição que, por outro lado, traz benefícios. Como agora, no caso de nossa economia. Afinal, passado o pior momento, ainda assim a economia brasileira dá sinais de recuperação, é notícia bastante positiva, para que nós brasileiros, possamos partir com novo alento, para levar avante projetos, tarefas, sonhos relativos ao último quadrimestre do ano.
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Ainda estranha apenas a preocupação do governo brasileiro em relação à reação da Bolívia, e a aparente submissão de nossos governantes aos caprichos de nosso vizinho, Evo Morales.
Estranha, por que sem entrar no mérito das questões subjacentes às acusações feitas pelo governo boliviano ao ex-senador, trata-se aqui de uma discussão que, de meu ponto de vista é mais ampla: a defesa de preceitos e acordos legais, internacionais.
Afinal, em minha opinião, da mesma forma e merecedor da mesma crítica que em relação ao comportamento do governo inglês no caso Assange, o que está em jogo é o respeito ao instituto do asilo político. O que está em jogo é o cumprimento de acordos que são a base para que todos tenham a certeza de que a figura do asilo será respeitada, como é o caso da concessão do salvo-conduto.
E, signatário de acordos que acatam a concessão do asilo, é natural que o governo brasileiro se pronunciasse com mais ênfase, muito maior que a até aqui percebida, contra atos autoritários de governos, quaisquer que sejam eles e de qualquer país que seja, que possam levantar dúvidas sobre a validade de tais institutos.
Que Dilma possa, no encontro hoje com Morales, reafirmar mais uma vez nossa soberania e que Evo perceba que, da aceitação desse nosso comportamento, quem sabe, num futuro próximo ele mesmo não possa tornar-se beneficiário.
Afinal, dadas as voltas que a política dá, nunca é demais manter as salvaguardas e proteção para aqueles que possam ser vítimas de perseguições e injustiças. Ou que tenham sua vida colocada em risco.
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Ainda o mês de agosto


E a Câmara continua a mesma. Com sua salada de siglas partidárias, todas sem qualquer conteúdo ético e seriedade, apesar da existência no interior dessa mistura de letrinhas, de pessoas de bem, sérias, e que devem ficar envergonhadas e constrangidas de serem colegas de mandato de alguém condenado pela justiça de nosso país.
Ou o Congresso está nos dando os alertas que a nossa Justiça não é merecedora de crédito e respeito e consideração por suas decisões, ou então é ele que está pútrido e fétido.
Bem, quem sabe esse não era o sinal de 2013 de que o mês de agosto continua apresentando situações estranhas e que agridem a nosso ambiente de tranquilidade?

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