segunda-feira, 12 de maio de 2014

Galo volta a vencer, mas ainda está longe do mínimo necessário

Que o resultado do jogo foi afetado pela arbitragem, é dever reconhecer. Não pelo pênalti marcado a favor do Galo e que Fábio não defendeu por muito pouco.
Afinal, no meio do gol, à meia altura, mesmo que a bola seja muito forte, o risco de o goleiro não se mexer e a bola pegar nele é muito grande. Fábio escolheu o canto e saiu pulando à sua esquerda. Mas, acho que pulou atrasado e, com isso, quase acontece de a bola pegar nele.
Mas, André marcou o gol que coroou sua boa partida, já que estava se esforçando, tentando tocar a bola, trocar passes, às vezes vindo buscar a bola lá na intermediária, já que a bola teimava em não chegar até ele.
Atuando na frente, junto com André e Fernandinho, e enquanto esteve em campo, Tardelli também mostrou outra disposição capaz, em alguns momentos e alguns lampejos, mostrar o brilho do início do ano, quando todos pediam seu nome nas convocações de Scolari.
Fernandinho continua muito individualista, embora participando de algumas poucas jogadas de perigo ao gol de Fábio.
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No segundo tempo, a entrada de Carlos e de Marion no lugar de Tardelli, sentindo a perna, deu mais movimentação ao ataque, esquentando  mais o jogo.
Fora isso, Victor como sempre muito bem. E Otamendi, mais uma vez excepcional.
No mais, a saudade de Marcos Rocha, devido à fragilidade e insegurança de Alex Silva; a dificuldade de Emerson Conceição em mostrar algum futebol e um Léo Silva, pesadão, incapaz de ganhar uma jogada na corrida, matando a defesa e segurança do Galo, e deixando-nos a todos sempre com o coração na mão.
Foi aproveitando de sua ida à frente e de sua ausência de mobilidade e dificuldade de reação que o Cruzeiro chegou ao gol que lembrou muito o gol do Atlético Nacional da Colômbia, com Victor dando rebote para o meio da área, embora não pudesse fazer muito diferente ao saltar para defender o tiro adversário, quase à queima roupa.
Ao menos Léo Silva aproveitou sua estatura e foi à área adversária tentar a jogada aérea que ontem, em lance em que achei que foi pênalti, acabou contribuindo para a virada do Galo.
Antes, é verdade, houve o lance de Otamendi na área do Galo quando, depois de dar uma voadora que não pegou no atacante do Cruzeiro, ele veio deslizando pelo gramado, tendo a bola batido em seu braço.
Lance que eu não daria pênalti, já que nitidamente o corpo do argentino veio deslizando, inclusive levantando terra do campo, como deu para ver nas imagens mostradas pela televisão.
O que achei curioso é o fato de Luan ter parado a jogada, quando já tinha passado pelo defensor e já dentro da área, podia entrar para tentar um chute ao gol, mesmo com pouco ângulo, ou criar uma jogada de mais perigo, tocando atrás para algum companheiro que viesse chegando.
Mas, Luan parou e a jogada que podia ter outro desenlace, não redundou em nada, exceto muita reclamação.
Passado algum tempo, foi a vez de Luan dar uma cotovelada desleal em Donizete. E merecer ser expulso em outra decisão a meu ver acertada do juiz.
Mas, devo confessar que na jogada imediatamente anterior, em minha opinião, Pierre fez falta em Luan, e antes, durante todo o jogo, Donizente mostrou que sua única qualidade é a de bater muito. O que faz sua parceria com Pierre ser um verdadeiro espetáculo de MMA.
Pior é que se desarmam apenas batendo e muito, Donizete acha que pode sair jogando e tenta armar jogadas que, no fundo, acabam sempre dando origem aos contra-ataques dos times que enfrentam o Galo.
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Mas, se acho que o juiz acertou no pênalti não havido e não marcado de Otamendi, já que não houve intenção de cortar a jogada com as mãos, e se acho que Léo puxou Leonardo Silva na área, e ainda se acho que a expulsão foi acertada, isso não significa que os cruzeirenses não tenham motivo para reclamar.
Especialmente pela jogada em que a bandeirinha assinalou um impedimento que não houve e que, independente de se transformar ou não em gol, era jogada extremamente perigosa.
Tanto que se algum atleticano chegasse para fazer falta na jogada, teria de levar o vermelho, tamanho o perigo real e imediato de gol.
Mas, vá lá. A bandeirinha é tão bonita e chama tanto a atenção, que não acredito que algum cruzeirense vá ficar reclamando e xingando a moça. A menos que achassem que a bandeira estivesse fazendo concorrência...
Mas que a menina errou feio, isso ninguém nega.
E que é uma gata, também, macho nenhum vai negar. Então devia, como no MMA ou coisa que o valha, ficar de biquini desfilando com a placa indicando o tempo de jogo. Sem bandeirar.
Mas pior foi o fato de que depois de indicar 3 minutos de acréscimo, o juiz não dar mais que um minuto real, descontado o fato de que Donizete caiu no campo e fez hora para sair substituído.
E com medo de que algo acontecesse, o juiz encerrou o jogo logo na primeira oportunidade, o que levou corretamente Marcelo Moreno e outros se aproximarem para reclamar do tempo não descontado.
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Daí a concordar com a atitude de Marcelo Moreno depois de ser expulso, e que pode gerar a ele uma punição pesada é outra coisa. Uma coisa é deixar no ar, que houve o prejuízo para seu time. Outra é perder a cabeça e fazer o gesto que o jogador boliviano, que não é nenhuma criança, nem um inexperiente, fez.
E no caso do medo do juiz, e em sua pressa de acabar o jogo, a bandeirinha não teve qualquer influência, para que apenas ela não vire alvo das críticas.
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No mais, o time de Levir mostra já alguma mudança, como a de marcar a saída de jogada do adversário, encurtando espaços e dando sufoco que acaba obrigando o time contrário a rifar a bola.
Mas, o meio tem que ser alterado, para que um mínimo de futebol possa ser mostrado por aquele setor do campo.
E, além disso, o Atlético terá que contratar alguns reforços e, sem dúvida, parar de perder jogadores para o Departamento Médico, porque nenhum time consegue manter qualquer padrão, com tantos desfalques e contusões.
O Galo ganhou. Mas não sou de opinião que o jogo ganho roubado é mais gostoso. Não concordo com isso. E ganhamos, mas ainda o Galo ainda não convenceu a ninguém nesse ano.

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