segunda-feira, 5 de maio de 2014

Prossegue o calvário do Galo: agora foi o Goiás e mais duas contusões. E novo erro de arbitragem...

Vai ser muito difícil o trabalho de Levir Culpi, no sentido de reestruturação do plantel, do time e, principalmente, do orgulho do Galo.
E, embora ninguém negue que ele ainda não teve tempo para fazer mais que algum treinamento leve, face à maratona de jogos previstos desde sua chegada, a verdade é que a paciência da torcida está tão curta que as consequências de toda a desestruturação do time acaba sobrando para ele. E dá-lhe vaias, como as ouvidas ontem no Independência.
Particularmente, não acho que Levir mexeu mal no jogo contra o Goiás.
Afinal, ele tem que conhecer os jogadores que tem na mão e, mesmo os que já conhece têm de ter uma oportunidade para mostrar o que podem e querem oferecer para o Galo.
Refiro-me ao caso de Fillipe Soutto, o volante que sabe sair jogando, embora todos sempre se lembrem que ele deixe muito a desejar nos desarmes; falo de André, cujo potencial todos conhecem, mas que parece ter perdido o tesão de jogar bola, há algum tempo, já. Refiro-me a Rosinei, jogador que não mostrou aqui as qualidades que apresentava no Corínthians e que o levaram ao futebol do exterior.
Acontece que a torcida, ou a parcela a que esses jogadores não conseguiram ainda agradar, já os conhece e os marcou, e a mera menção de sua participação no jogo já dá margem a críticas ao treinador que os lançou, e mexe mal justo por tê-los lançado.
E esse tem sido um dos problemas do Galo, já de há muito identificado: a torcida e o massacre que ela pratica em relação aos jogadores que ela não simpatiza, não necessariamente por falta de futebol.
Foi assim, na história do time, com Lincoln, com Moacir (o filho do Didi), com Cicinho, o lateral que depois foi brilhar e ganhar títulos no São Paulo e no exterior, com Mancini, que teve de brilhar no exterior para voltar ao time e provar sua qualidade.
Mais recentemente tem sido assim com Marcos Rocha, sem dúvida um dos melhores jogadores de todo o país em sua posição, ao lado do Cicinho ex-Ponte Preta e agora no Santos. A torcida marcou Marcos Rocha de tal forma que chega a impressionar a má vontade com o grande jogador que é, especialmente, quando atua como verdadeiro ala, indo à frente, fazendo cruzamentos e lançamentos, já que é um dos poucos jogadores do time armado por Cuca, que sabia e tinha qualidades para sair jogando.
Cuca percebeu isso e colocou Marcos Rocha livre, para avançar e ir à frente, deixando Pierre encarregado de realizar sua cobertura. Em algumas partidas chegou a improvisar o lateral no meio de campo, para aproveitar sua lucidez e visão de jogo.
Ninguém nega que ele não tem a mesma qualidade na marcação, na defesa, mas travá-lo como o cara que estava à frente do time até recentemente fez, é perder o que ele tinha de melhor.
E o cara ultrapassado que esteve aí desestruturando o Galo queria que quem saísse jogando fosse Pierre e/ou Donizete.
Bem, depois da eliminação da Libertadores, grande parte da torcida percebeu a falta de Marcos Rocha e a ruindade de tantos quantos tentaram jogar ali pelo setor direito.
Não que Alex Silva fosse ruim, mas imaturo. Não que Michel não saiba jogar, mas fica a falta do titular é imensa.
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E aí, entra o outro grande problema que o Atlético está enfrentando: as contusões. A presença de mais de um time no Departamento Médico do clube, alguns com lesões sérias, até com a necessidade de intervenções cirúrgicas.
Nesse caso, não vamos incluir Ronaldinho Gaúcho, que nitidamente demonstrou ter sentido uma  puxada na parte posterior da coxa, na partida de desclassificação da Libertadores. Nem vamos falar de Tardelli, que necessitava mesmo ficar um tempo fora, para poder recuperar suas melhores condições físicas e esfriar a cabeça.
Mas, além desses, temos no Departamento Médico jogadores como Luan, Josué, Lucas Cândido, Marcos Rocha, agora Jô e Guilherme, ambos machucados nesse fatídico jogo contra o Goiás. Sem contar que, durante todos esses cinco meses, ficaram de fora por contusões Réver, Donizete, Fillipe Soutto,  Fernandinho, Dátolo, ou seja, muita mudança na equipe, o que dificulta a qualquer técnico montar, manter, e até avaliar as condições de jogo de cada um, na volta do DM.
Aliás, eu gostaria era de ouvir que a Diretoria se reuniu com a equipe técnica para avaliar as razões de tanta gente se machucando, até com alguma gravidade. Eu gostaria que o Departamento Médico pudesse vir a público, junto com o preparador físico e declarar que é tudo mesmo apenas fruto do azar e não de uma preparação equivocada.
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Do jogo de ontem, em que mais uma vez a torcida pegou no pé de Emerson Conceição, de Alex Silva, até do Dátolo, em alguns momentos, de Levir e da utilização de Rosinei, que nada fizeram, até por terem perdido a auto-confiança, gostaria de comentar que, felizmente, o nome do ídolo dessa parcela de atleticanos que mais prejudicam que ajudam, o Neto Berola, foi gritado por uns poucos.
Marion, mostrou que ainda é um jogador novo, não estando preparado para entrar no time no lugar de jogadores como Tardelli, R10 ou mesmo Fernandinho. Bom jogador, deve ser colocado, de preferência no correr do jogo, para não que não venha a ser queimado.
Victor mais uma vez mostrou que é o goleiro que deveria estar na seleção. Embora a imprensa carioca e agora, até o PVC, sabe-se lá o motivo, estejam fazendo campanha para Cavalieri, do Flu.
Otamendi mostra a cada jogo, o que é jogar na defesa, seja como beque central, quarto zagueiro, lateral... O gringo dá um show e não é à toa que seu nome foi gritado pela torcida em várias ocasiões.
Réver ainda está voltando, e fora de esquadro.
Fernandinho muito individualista, mais uma vez.
Quanto a Levir, tem mesmo que mudar para ver como estão e o quanto de entrega estão dispostos a fazer todos os seus comandados.
E armar o time, para poder voltar a apresentar um futebol de qualidade, leva tempo. E o Galo, que começou já na zona de desclassificação a partida de ontem, não tem todo o tempo para iniciar sua recuperação.
Ah! e embora não merecesse resultado melhor, mesmo no Independência onde a mística de que somos imbatíveis vem caindo, cada dia mais e em maior velocidade, a verdade é que houve um pênalte no Fernandinho, que o juiz não quis marcar ou não viu. Um empurrão claro dentro da área, que poderia ter mudado o rumo da partida.
Mais uma vez, erro de arbitragem, junto ao fato de não merecermos vencer.
Mas se apresentou um time certinho, o Goiás também não fez por merecer sair com a vitória em minha opinião. Ganhou pelos erros do Galo. Ganhou pela ajuda do juiz.
O que vem se tornando norma, infelizmente.

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