terça-feira, 12 de agosto de 2014

Robin Willians e o dia dos Pais; seus comentários sobre o Brasil. Uma nota sobre o Galo. De quebra o vazio de Aécio, no Jornal Nacional

Talvez tenha sido, que seja de meu conhecimento, uma das maiores homenagens que tenha sido feita aos pais. Em minha opinião, uma das maiores de Hollywood, embora não fosse essa a intenção, já que o filme procurava, sem ser piegas, discutir uma questão mais importante: a da disputa da guarda dos filhos quando da separação do casal, chegando até mesmo a essa alternativa, hoje tão usual, da guarda compartilhada.
Mas, Uma Babá Quase Perfeita, ou Mrs. Doubtfire, com Robin Williians fazendo o papel de um superpai preocupado em cuidar de seus três filhos foi, para mim, um marco.
Além de sucesso de público e do êxito que trouxe a seu protagonista. Cujo talento já tinha sido reconhecido com outros filmes como Bom Dia, Vietnã, ou A Sociedade dos Poetas Mortos, que tantas vezes foi exibido em ambientes e sessões que tentavam mostrar como a inovação, a mudança de hábitos e comportamentos era capaz de promover revoluções.
Além disso, Robin Willians já tinha sido reconhecido pela Academia, tendo recebido o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu papel como o psicólogo ou psiquiatra em O Gênio Indomável.
Também marcante foi seu papel como o dr. Patch Adams, no filme cujo título em português foi O Amor é Contagioso, em que faz o papel de um médico que inova no tratamento a doentes internados em hospitais.
Também atuou no comovente O Pescador de Ilusões, de Terry Gilliam e, mais recentemente, no filme Uma Noite no Museu e suas continuações.
Fora das telas, as notícias sobre o ator e sua personalidade não eram tão brilhantes.
Consta, por exemplo, que era excessivamente grosseiro e de mau gosto nas respostas dadas nos programas de entrevistas de que participava, tendo em uma dessas ocasiões, sido extremamente ofensivo ao Brasil.
Tratando da preferência e da escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, que disputava o direito de realizar os jogos contra a cidade de Chicago, comentou que Oprah - então a representante dos interesses da cidade americana, não precisava ficar chateada com a derrota, já que o Brasil tinha enviado strippers e pó à cerimônia de escolha do local do evento.
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Passando por problemas pessoais, tendo admitido seu vício em álcool e outras drogas, e tendo se submetido a tratamentos de recuperação, o ator ainda sofria de depressão, o que nos leva mais uma vez a indagar se sucesso, fama, reconhecimento são atributos suficientes para tornar a vida mais plena, mais fácil de ser vivida.
Para Robin Willians, parece que não. E ontem, o ator foi encontrado morto em sua casa, aos 63 anos.
Justamente dois dias passados da comemoração do Dia dos Pais no calendário de nosso país, o que é no mínimo uma coincidência digna de registro, tendo em vista ele ter participado de uma das maiores homenagens feitas aos pais, conforme afirmei no início desse comentário.
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O Galo e Marcos Rocha

Gosto de Marcos Rocha, a quem considero, ao lado de Cicinho, lateral santista, um dos maiores laterais direitos de nosso futebol atual.
Considero que ele tem sido um dos jogadores mais regulares e destaques do Galo, hoje menos na armação de jogadas e na opção de saída de bola da defesa para o ataque do time, que na época de Cuca. Ao contrário, com Levir o jogador tem se tornado peça mais fundamental na segurança que tem proporcionado à defesa do Atlético, cobrindo as várias falhas que a defesa pesadona costuma apresentar.
Entretanto, se tem melhorado seu comportamento em relação ao seu papel na defesa, como seus críticos tanto cobravam dele, percebe-se nitidamente sua vocação para partir para cima da defesa adversária, postura à que ele se adequa com muito maior satisfação.
E Marcos Rocha tem, em minha opinião, futebol, técnica e condições de substituir o meio campo deficiente do Galo, especialmente em relação a esse papel de armador de jogadas, melhor que a tática do chutão e da ligação direta tentando achar Jô, ajeitando a bola para a chegada de seus companheiros vindos de trás, e tirando o centro-avante da posição que ele devia estar guardando, na área.
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Mas, no jogo contra o Palmeiras, no último domingo, Marcos Rocha foi mal, errando passes e lançamentos em demasia, o que o colocou na posição de ser um dos que mais contribuíram para o festival de passes errados em que o jogo se transformou.
Que isso não invalida o fato de ele ter qualidades, é inegável, mas daí a escolher o lateral como melhor jogador em campo, vai uma distância quilométrica.
E, além de premiar o lateral, o que foi injusto em minha opinião, eu que sempre o elogio, deu a ele a oportunidade de se emocionar, permitindo a ele chorar ao mencionar a filha pequena, e de ser alvo de perguntas sobre as dificuldades que a zaga do Galo vem apresentando.
Principalmente, ao tratar de jogadas aéreas na defesa, que sempre têm terminado em gols dos times adversários, apesar do tamanho dos nossos defensores.
E Marcos Rocha falou que talvez fosse um problema de colocação em campo, já que Levir privilegia a marcação por zona ao contrário da marcação individual.
Pela declaração que ouvi, não era uma crítica ao técnico do time, senão uma opinião pessoal. E, ao contrário da repercussão e da polêmica que gerou, a declaração concluía com a opinião de que o treinador iria saber corrigir as falhas detectadas.
Talvez por ser cobrado pela qualidade ruim do futebol do time, que mais uma vez venceu no sufoco, no fim do jogo, Levir não aparentou estar tranquilo ao ser indagado sobre o que achava da opinião do jogador, pergunta feita como se o comentário tivesse sido uma crítica pesada, ao contrário de minha interpretação.
E Levir reagiu falando de traição, e depois, ao identificar o autor do comentário, falar que irá ter uma conversa particular sobre o tema.
Para mim, basta que o nosso técnico veja a entrevista de cabeça fresca para ver que exageraram a fala de Marcos Rocha, e que ele estava muito mais parecendo querer se defender que atacar o que quer que fosse, especialmente o esquema tático adotado pelo Galo.
Mas, como com o Galo tudo tem outra repercussão...

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Aécio e o vazio das propostas

Como sempre, ao ser entrevistado ontem pelo Jornal Nacional, na Globo, Aécio não passou das obviedades do discurso que, parte da imprensa insiste em classificar como sendo o discurso do conciliador, para esconder o discurso vazio.
Alegar que foi o governante que mais fez pela saúde e por outras áreas sociais no estado de Minas, enquanto foi governador, invertendo inclusive dados apresentados pela Patrícia Poeta, e argumentar ter sido um governante moderno, inovador, que patrocinou um choque de gestão em Minas, para tirar o estado mineiro do marasmo, só convence mesmo àqueles que não o conhecem, ou àqueles que, com as informações censuradas por "seu carisma e simpatia" tiveram negado o conhecimento da real situação e condições do Estado.
Condições que fazem com que o Estado tenha sido condenado pelo Supremo a pagar o piso nacional dos professores, que não é pago. E que tenha sido apanhado em flagrante ao usar de artifícios que tanto condena no governo federal, para poder cumprir as metas de destino de recursos para a Saúde.
Quanto ao aeroporto, mais uma vez, tergiversou, no que foi ajudado pelos apresentadores que, sem perguntar mais incisivamente da necessidade de um aeroporto na megalópole que é Cláudio, viram que daquele mato não sairia coelho. Nem qualquer explicação mais coerente. A ponto de o ex-governador mineiro dizer que o aeroporto apenas recebeu melhorias no final de seu segundo mandato, ao contrário do que era noticiado, já que a pista já existia, há muito tempo.
Mais uma vez, não falou e nem foi cobrado do fato de que a pista de terra para pouso já existia sim, desde que seu avô Tancredo governou o Estado e, com dinheiros públicos, resolveu favorecer o cunhado.
Segundo Aécio a chácara, um pequeno sítio, que a família mantém apenas para seu descanso de fim de semana.
Hoje, Eduardo Campos irá passar pela sabatina do Jornal. Torçamos para que a desfaçatez possa ser menor, para que o Jornal que já está apresentando quedas de audiência não venha a perder mais público. Afinal, quem o assiste cobra e deseja notícias e não o humor, quase pastelão que ele poderá vir a apresentar, caso o tom continue sendo o mesmo de ontem.
Ou achar que os petistas condenados pelo mensalão merecem críticas, e mancham o curriculo do partido contrário, mas o Eduardo (Azeredo) de seu partido ainda não merece nenhum comentário, já que não foi julgado e não pode ser pré-julgado...
Faz-me rir...
Mas, há quem compre. Podia era comprar e levar para casa...no embrulho.

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