Começa o mês de agosto. Mês do cachorro louco, considerado aziago, de muitas datas marcantes, nem sempre de forma positiva no cenário político nacional.
Mês de ventania, que amplia e realça o frio de fim de inverno, e aumenta nossa sensação térmica.
Na política, a importância atribuída ao mês é relevante, resultado da ocorrência de eventos que alteraram definitivamente os eventos que lhes seguiram, sendo exemplo desde o suicídio de Getúlio, em um dia 24 do ano longínquo de 1954, até a renúncia de Jânio, como parte da trama da tentativa frustrada de golpe intentado pelo ex-presidente, mal completados sete meses de seu mandato. Renúncia que marcaria o princípio do período de incertezas e instabilidade que se abateria sobre o país, culminando com o golpe que implantou vinte e um anos de autoritarismo.
Agosto marca também a data de falecimento do presidente Juscelino Kubistschek, em acidente automobilístico, cercado de muitas suspeitas, em um dia 22 do ano de 1976.
Mas, deixando de lado a coincidência de datas marcadas por eventos históricos em distintos lugares do mundo, alguns tão nefastos como o massacre da noite de São Bartolomeu, ordenado por Catarina de Médici, no ano de 1572, e que apenas reforçam e alimentam a crendice popular como uma ligeira consulta ao Google serve para confirmar, a tradição talvez se justifique, ao menos nos países de língua portuguesa, apenas pela rima que agosto permite obter com desgosto.
Aliás, consta no Google que, por ser agosto o mês em que as naus portuguesas lançavam-se ao mar, as mulheres lusitanas evitavam casar-se nesse período, para não terem de passar solitárias seu período de lua de mel.
Curioso é que, considerado como mês do demônio, inclusive no candomblé, que homenageia Exu no dia 24, o mês, oitavo no ano, tenha surgido como homenagem a Augusto, que é um termo utilizado para se referir à divindade.
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Mas, nesse dia primeiro de agosto, e em outros dias que se seguem, em que tanta gente parente, amiga, comemora seu aniversário, fui eu que tive a satisfação de receber um presente, que me foi enviado sob a forma de um link.
Trata-se do endereço do youtube, de um debate em que participavam Ciro Gomes, ex-ministro, ex-governador e Rodrigo Constantino, dessa nova leva de economistas ultradireitistas que a Veja e seu grupo editorial acolhem, na companhia de tantos outros autênticos picaretas que julgam expressarem a opinião dos mercados livres, ou do mercado sacrossanto, e que na verdade apenas ficam recitando fórmulas surradas e vazias contra a presença do Estado e a importância do governo no cenário econômico.
Ao ver tal link e depois a passagem do programa a que compareceram, fica clara a ignorância de alguns petistas que estavam preocupados em listar os integrantes da midia e os que dela se valem para desatar a falar asneiras de cunho ideológico, como se fossem donos da verdade absoluta.
Ao invés de elaborar uma lista e divulgá-la, como que demonizando os tais donos da verdade universal, melhor seria tão somente dar destaque e divulgar e repercutir como for possível, as tais verdades insofismáveis que pregam. Ou seja, basta que fosse dado aos tolos mais alguns poucos metros de corda, para que eles se pudessem se enforcar por conta própria, escancarando a todos quantos os virem, o nível de sua imbecilidade.
Ciro, no debate, chama as alegações vazias de significado feitas por Constantino, de truísmos. Eu chamo de argumentos falaciosos e imbecis.
Eis o link, para aqueles que não tiveram a oportunidade de assistirem ao despreparo de Constantino e ao show que Ciro soube proporcionar:
https://www.youtube.com/watch?v=k3pKgGEo0GA
Caso o endereço não leve ao curioso leitor à página indicada, basta acessar o youtube, mandando localizar o debate Ciro e Constantino.
É uma verdadeira aula. E, como tal, imperdível, mesmo devendo eu admitir não nutrir simpatias por Ciro Gomes.
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Apenas para constar, devo ainda me referir mais uma vez à tal lista de caça aos representantes da direita ultrapassada que agem na midia. É que, concordando com vários nomes ali citados, como já tive oportunidade de manifestar aqui mesmo nesse blog, em comentário feito a propósito de episódio que envolveu a participação também de José Trajano, da ESPN, acho que a melhor postura em relação a tais figuras midiáticas é a de ignorá-las.
Assim, tão logo aparece na Globo, a figura de Arnaldo Jabor, uso da liberdade que o controle remoto nos dá e que torna esse instrumento uma das maiores invenções de todos os tempos. E pensar que Arnaldo, em uma de suas primeiras participações, comentando a entrega do Oscar, mereceu críticas minhas por fazer comentários completamente equivocados, de teor mais de esquerda. Está certo que, depois, desculpou-se, afirmando que acreditou que o seu papel era o de criticar a superficialidade ou futilidade dos filmes de Hollywood!!!!
Outro nome da lista é o de Diogo Mainardi, que confesso que nunca perdi tempo lendo, aliás, como não perco tempo lendo Veja. Acho a propósito, que Caras tem matérias mais ilustrativas...
Mas outro nome é o de Danilo Gentili, que eu acompanhava na Band, no seu Agora é Tarde, inclusive torcendo para que pudesse desbancar o programa do pernóstico Jô Soares. Mas, mesmo antes de ter se transferido para o SBT, comecei a perceber para além da comédia ou do humor, um certo ranço do apresentador, o que me fez não acompanhá-lo quando de sua mudança.
Que esteja fazendo sucesso, junto com seu programa, é questão que não me interessa nem diz respeito. Apenas torço para que, como Constantino, possa algum dia, encontrar alguém que possa lhe mostrar como seu discurso é vazio. E sem graça.
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