Não dá outra. O tema do dia é Ronaldo Nazário, o Fenômeno.
Confesso que, apesar de achá-lo um grande jogador, não sei se seria capaz de colocá-lo como o melhor atacante brasileiro, nem mesmo nos últimos 10 ou 20 anos.
Nenhum problema com o craque, nem mesmo pelo fato de ter ele sido jogador do Cruzeiro e não do Galo.
Sou capaz de afirmar que, em termos de técnica, vi Reinaldo desfilar sua habilidade em campo. E, para Reinaldo, o maior elogio quem fez foi Raul, o goleiro cruzeirense da camisa amarela.
Mas Reinaldo machucou-se cedo para o futebol e não foi em nenhum momento de sua curta carreira, o atleta que Ronaldo chegou a ser.
Ponto para Ronaldo.
Mas, concordo com Tostão quando escalou em sua seleção brasileira o baixinho Romário. Romário foi o maior jogador, recente de miolo de área. Dentro das quatro linhas da grande área, era imbatível.
E, mais que isso, ganhou uma classificação e uma Copa para a gente. Pode-se dizer que 94 só deu Romário.
Ponto aqui, para Romário.
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Que Tostão agora diga que Ronaldo foi o maior jogador do Cruzeiro, é uma coisa. E com essa não concordo. Afinal, mesmo não sendo cruzeirense, Graças a Deus!, não sou bobo. E vi o próprio Tostão. E vi, também, Dirceu Lopes. E vi Zé Carlos.
Mas, em minha avaliação de observador do futebol, Zé Carlos estava meio passo atrás dos outros dois. E entre aqueles... acho que dá empate.
Para mim, ponto para Tostão e Dirceu.
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Ronaldo foi o maior artilheiro de todas as copas e, sem dúvida, melhor que Careca, que Luiz Fabiano, que vários jogadores que vestiram a camisa da seleção. E foi três vezes escolhido o maior jogador do mundo.
Assim como o foi também Zidane.
E como foram duas vezes Romário e Ronaldinho, o gaúcho.
Mas, sem desfazer de sua capacidade, de sua explosão de arranque, de sua técnica e habilidade, creio que muito da sua escolha tripla se deve aos times em que jogou, verdadeiras vitrinas, além do nome de seu patrocinador: a Nyke.
Àqueles que podem discordar de minha opinião, basta lembrar que ele foi escolhido para ganhar o prêmio de Bola de Ouro, dado ao melhor jogador de uma Copa em 1998,justo o ano em que ele teve o célebre problema de saúde, até hoje muito mal explicado.
Ainda assim, ponto para Ronaldo.
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Mas, daí a colocá-lo como o jogador brasileiro mais próximo de Pelé, sem menção a jogadores como Garrincha, Didi, Zico, só para citar alguns, é sinal de que a memória nossa é mesmo muito pobre. Ou que, como sempre, o brasileiro é muito emotivo.
Razão porque qualquer pessoa que morre, logo se transforma de vilão em herói. E quem aposenta, como no caso de Ronaldo, vira o maior atleta de todos os tempos.
Menos mal: o Brasil continua celeiro de bons jogadores.
E, sem dúvida, Ronaldo estará e sempre será lembrado como um dos maiores deles. Sem necessidade de ser o maior ou um dos três maiores.
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Quanto a seu fim de carreira, melhor não ficar comentando, já que há tanto para relembrar dele.
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