Com o crescimento de 10,5% da indústria nacional em 2010, divulgado pelo IBGE, foi batido o recorde de crescimento do setor no Brasil, anteriormente obtido no ano de 2008.
Segundo registram os sites, o crescimento de 2010 superou o recorde anterior em 2,7%.
A explicação para o recorde foi de desoneração tributária, posta em marcha pelo governo, para incentivar a recuperação econômica do país, ainda como reflexo da crise e das medidas então adotadas, para transformar a tsunami em marolinha.
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Se a notícia é extremamente positiva, por um lado, o setor projeta, entretanto, nuvens cinzas no horizonte.
É que, em decorrência da desmontagem do processo de incentivos, e especialmente, por influência do câmbio, o mês de dezembro apresentou queda quando comparado ao dado de novembro.
Antes disso, já havia atingido o auge do crescimento no mês de março, quando começou a se estabilizar, até o início do processo de retração.
Pelo IBGE, não apenas houve redução importante das exportações, como houve, simultaneamente, aumento de importações, particularmente dos bens de capital. Tudo fruto do real caro. E da produção brasileira mais cara, como consequência.
Para 2011, com aperto de crédito, com o corte de gastos públicos e redução de encomendas, e o dólar insistindo em mostrar a incapacidade de o Banco Central conseguir mantê-lo em níveis mais razoáveis, dada a elevação das expectativas de inflação e, especialmente da taxa de juros da economia, o cenário apresenta ainda mais preocupações.
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Quanto às expectativas de inflação, a FGV divulgou que, na terceira quadrisemana de janeiro, foi constatada nova elevação dos índices de preços ao consumidor.
A elevação de transportes públicos, tão tradicional no ínicio do ano, quanto são as chuvas. Os gastos com educação, já que colégios e livrarias e papelarias aproveitam o período para recomporem ou criarem gorduras em suas margens. E, alimentos, em decorrência dos desastres climáticos (esses em menor impacto) são os vilões da vez.
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Banco de Sílvio Santos, com rombo de 4 bilhões, valor descoberto depois de empréstimo levantado junto ao Fundo Garantidor de Crédito no montante de 2, 5 bilhões (com garantias fornecidas pelo patrimônio pessoal do apresentador de TV e empresário) teve seu controle transferido por venda ao BTG Pactual.
Embora o Fundo Garantidor seja privado, e não há ali nenhum recurso público, e seu objetivo é cobrir o rombo dos correntistas de bancos insolventes, chama a atenção o valor da transação: 400 milhões de reais, com o apresentador ficando livre de qualquer obrigação junto ao Fundo.
Mais curioso ainda, saber que os sites -vide UOL - informam que o Banco Panamericano necessita de, no mínimo, uma injeção de 8 bilhões de reais para tornar-se viável.
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Igualmente estranha a trajetória do Galo, o Glorioso Atlético Mineiro.
Não vendeu praticamente nenhum jogador. Contratou 10 novos atletas, com algumas das contratações podendo ser consideradas das mais vultosas do início do ano em nosso futebol. Mantém os salários em dia. Honra todos os seus compromissos...
Seria estranho, não fosse o Ricardo Guimarães, presidente do Banco BMG, ex-presidente do clube.
E não fossem os jogadores, verdadeiras vitrines para jogadores cujos direitos econômicos são, na verdade, de um fundo de investimento.
Mas que, toda vez que dizem que o antigo Estádio de Lourdes, transformado no shopping Diamond Mall, já não pertence mais ao Galo, empenhado para pagar as contas do time, a gente fica com uma sensação estranha na barriga, isso lá é bem verdade...
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Sarney, depois de muito relutar, e em prol da Pátria, resolveu atender aos insistentes pedidos de todos aqueles que o queriam no posto de presidente do Senado Federal.
Coitado, mais dois anos de sofrimento, e poder... para continuar agindo e nomeando e indicando, desde namorados de netas e netos, até conseguindo manter fora do noticiário, o nome de seus filhos. Que afinal de contas, ninguém tem nada a ver com a vida privada do filho do acadêmico.
Não houvesse a contaminação, para a vida pública do que o filho Fernando, faz na privada.
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E retomamos a vida política, com a posse de senadores, deputados federais e estaduais e até de vereadores.
E já começam novamente a ocupar as atenções, o tema recorrente das reformas, como a política e a eleitoral.
Bem, há mesmo que se aproveitar o momento de inspiração e entusiasmo dos empossados. Afinal, ano que vem tudo para, esperando a eleição para prefeituras.
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