Ronca o motor em meu peito
transforma o silêncio
faz surgir um grito de angústia
corta a noite de meus sonhos
invade-me, cortando a vida.
Roubando-me o direito
Ronca meu lamento
no asfalto negro e frio
da rua deserta
E no instante, simultâneo
percebo-me presente
no asfalto, no peito
aqui escrevendo
vivendo, sonhando
na imutabilidade
dos corpos intransportáveis.
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