sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quando os personagens trocam de lugar

DÚVIDA

                                   A platéia se diverte
                                   Da comédia sem humor
                                   Fingindo estar gostando
                                   Afinal, quem é o ator?


O poema acima vale como referência à situação da população do Aglomerado da Serra. Mais que à Polícia Militar que, como instituição não tem nenhuma responsabilidade ou participação ou o que quer que seja, quanto ao comportamento de alguns -felizmente poucos- de seus membros.
***
Como qualquer outra organização, a PM tem os maus elementos que também, felizmente, são a minoria, se pudermos mesmo classificar essa minoria sequer como grupo.
Talvez fossem apenas exceções. Contadas pelos dedos das mãos.
***
O problema é que a PM é uma instituição e como tal, não existe. É uma realidade virtual, não no sentido tecnológico, mas no sentido de abstrato.
E o problema é que toda instituição é, no fundo, o conjunto de seus membros. E, onde há maçã podre, há que se temer sempre, mais que mostrar que é uma exceção ou minoria, a possibilidade do contágio.
Também a constatação da existência da fruta podre, levanta a questão, que não pode ser nunca afastada de cena, quanto às influências ou os fatores que permitiram, especialmente no ambiente de que se trata, de o problema ter tido origem. De não ter sido detectado antes. Ou em o sendo, de não ter tido a devida solução de saneamento.
***
Fica ainda mais grave a situção, quando um dos soldados envolvidos no bárbaro assassinato (ou queima de arquivos?), já preso no batalhão da PM, aparece morto na cela, por ter cometido suicídio com o cadarço de um calção.
Logo um cadarço que a Polícia não deixa estar presente nem nas celas dos piores marginais, vai estar presente e servir de arma dentro da cela do batalhão da PM???
***
A situação apenas se torna mais grave na minha opinião, parecendo que dentro da corporação existe mais pessoas que, com a morte por suicídio, já têm a quem imputar os atos desabonadores cometidos.
Em outros termos. Parece que acharam o bode expiatório, sobre quem recairão todas as culpas. Inclusive a dele mesmo, já condenado por sua consciência.

Nenhum comentário: