Felizmente, o Tribunal de Justiça Desportiva manifestou-se ontem e, em minha opinião, fez justiça ao Tupi, eliminando o Aparecidense e indicando o time de Juiz de Fora para seguir na competição, no lugar do time goiano.
Em relação ao massagista do Aparecidense, protagonista de toda a confusão, contudo, a punição foi bastante frouxa, a meu juízo. O tribunal aplicou a ele a pena de 24 jogos de suspensão e 500 reais de multa, conforme divulgado no Bom Dia Brasil, da Globo.
Em relação ao resultado que eliminou o Aparecidense, já nos dias posteriores ao jogo e à trapalhada do massagista, responsável por invadir o campo e, por duas vezes, impedir a marcação do gol do Tupi, que daria ao time mineiro a classificação para a fase seguinte do campeonato, havia comentado aqui que a decisão do tribunal não poderia ser apenas a de anulação do jogo.
Isso porque a realização de uma nova partida iria permitir que o Aparecidense obtivesse um resultado mais favorável o que acabaria beneficiando o infrator e penalizando mais uma vez o time que já havia sido penalizado por uma atitude antidesportiva indiscutível.
Fez-se pois, justiça embora o resultado ainda permite que o time de Goiás entre com recurso da decisão para a instância superior.
Ainda assim, creio e torço para que a punição seja mantida, e que sirva de exemplo para impedir, definitivamente que outros times utilizem desse tipo desprezível de atitude para poder obter seu intento.
De quebra, começa a se solidificar, também espero, a ideia de que, ao contrário do dito popular, não vale a pena ganhar com gol roubado. Não vale a pena ganhar com gol de mão. Não vale a pena ganhar se não for com o jogo jogado, dentro das regras e dentro do campo.
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Curioso o comportamento de alguns setores da sociedade, dos quais Boris Casoy sem dúvida constitui um representante, em relação ao comportamento que ele julga que deveria ser adotado pela presidenta Dilma, no caso da espionagem de que ela, seus assessores, e interesses econômicos nacionais foram vítimas.
Não há dúvida que essa questão de espionagem é antiga e sempre foi feita e existiu, seja feita pelos Estados Unidos, com nosso país posando de vítima, seja feita pelo próprio Brasil em relação a seus vizinhos sul americanos, como gosta de frisar o apresentador do Jornal da Noite, na Band.
Mas, por admitir que a questão é antiga, não aproveitar a oportunidade para pressionar os Estados Unidos e exigir uma retratação, como a que Dilma está exigindo, apenas porque essa atitude representaria uma reação esquerdista, retrógrada, típica dos anos 60, e de caráter infantil, como Boris classifica a questão, vai uma distância grande.
Afinal, por mais que interesses comerciais importantes estejam em jogo, e as reações podem trazer algum tipo de prejuízo a eles, há também em pauta, mais que os interesses econômicos privados, um interesse coletivo maior, ligado a nossa soberania como nação, por mais vazio que possa ser hoje o termo soberania.
E, embora Boris pareça não concordar, há certos valores que devemos preservar, mesmo que por um comportamento típico de auto-afirmação juvenil, quem sabe até para tentar, aproveitando o vexame daquele que foi apanhado na prática de um ato errôneo, criminoso, conseguir negociar em condições mais vantajosas nas relações comerciais, a título de obtenção de uma compensação pelo mal feito flagrado.
Dilma está certa, e Boris, bem, gostaria de entender mais o comportamento e a lógica da qual ele tem sido representante.
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