Antes, uma jogada de Fernandinho pela esquerda, avançando até a linha de fundo como autêntico ponta-esquerda e a presença de Luan no lugar certo, no miolo da área.
Ao final, o escanteio batido para a área e o bate-rebate que permitiu que a bola sobrasse limpa para Alecsandro dar um toque com tranquilidade para dentro do gol de Aranha, decretando a vitória do Galo de virada.
Dessa forma, o time conseguiu, mesmo sem muito brilho especialmente no tempo final, superar o trauma do gol tomado no início, em pixotada patrocinada por Réver, que tentou sair jogando dando chapéu no adversário.
Talvez por força da bobagem feita, e que beque nenhum poderia se atrever a fazer, o capitão do Galo andou errando bolas infantis, mostrando uma insegurança muito grande, apenas superada no segundo tempo do jogo.
Antes disso, reconhecendo toda a dedicação de Réver, e sua importância para a campanha da conquista da Libertadores, a torcida o aplaudiu e ovacionou, gritando seu nome, e apoiando-o.
Mesmo comportamento que já havia sido adotada em relação a Victor, por ocasião do frangaço que ele havia engolido na partida contra o Vasco.
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A esse respeito, tirando o chapéu para a torcida e enaltecendo o apoio que ela julgou necessário dar a ambos os atletas, no momento em que eles mais precisavam, fiquei pensando em qual seria a reação, caso a falha fosse, por exemplo, de Marcos Rocha ou de Júnior César.
Claro que sei a reação que a torcida teria, dada sua impaciência e intolerância, especialmente com nosso excelente lateral direito. Mas, independente de estar jogando sério e marcando o ataque santista sem dar espaços para quem fosse que caísse por seu setor, foi de Marcos Rocha o lance mais bonito do jogo, a que se seguiu um passe para Tardelli no segundo tempo, lance que o péssimo bandeira assinalou um impedimento que não houve.
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Em relação ao gol do Santos, há ainda que se falar do impedimento de Cicinho, lance tão difícil que, mesmo o comentarista precisou fazer uso dos recursos computacionais para ter a certeza de que o jogador santista estava à frente da linha da bola e da defesa do Galo.
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Entretanto, mais uma vez, o futebol do Galo caiu no segundo tempo, quando o Santos começou a trocar toda sua equipe, tirando jogadores do meio e até da defesa e substituindo-os por atacantes. Enquanto o Santos vinha todo para cima do Atlético, no jogo de abafa, o Atlético não conseguia armar qualquer jogada mais perigosa, limitando-se a voltar o futebol burocrático e sem inspiração que tem sido mostrado jogo após jogo: bola na frente, para ser tocada para Josué, que toca para Léo Silva ou Réver, que faz a bola voltar até o chutão de ..... Giovanni, para que Jô possa tentar escorar a bola na frente e, em tendo êxito, possa rolar a bola para um companheiro a seu lado voltar para Pierre ou Josué, que vai atrasar a bola para Réver ou ....
Faça-me o favor, que jogo feio e sem objetividade.
Pior: atrai o adversário para cima do nosso time, que fica completamente sem espaços. Até para tentar uma jogada de contra-ataque.
E tome sufoco e haja coração.
Até Alecsandro, que havia entrado em campo não tinha nem 5 minutos, pegou uma bola lá no ataque e, sem opção, atrasou lá da frente para o goleiro do Galo.
Justiça seja feita: goleiro que entrou muito bem e está sendo capaz de suprir a ausência de Victor.
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Mas, mais que querer saber o que acontece com o Galo no segundo tempo, e mais que querer saber o que está por trás da queda de futebol do time, ontem o que mais me deixou intrigado foi saber porque o time tanto insistia em por a bola no alto. Porque não fazer o trivial, de por a bola no chão e sair rolando.
Afinal, como dizia ou diziam que dizia Neném Prancha: "meu filho, a bola é de couro, couro de vaca, vaca gosta de grama. Logo, põe a bola para rolar na grama..."
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Enquanto isso, lá em Novo Hamburgo, o outro time de Minas fazia o trivial e despachava mais um pretenso adversário. Pena que o time do adversário seja formado por um elenco muito bom, talvez dos melhores do campeonato, mas tem um técnico que é muito fraquinho...
E enquanto Dunga for técnico ou achar que é, o time do Inter não irá conseguir fazer jus ao seu elenco. O que é uma pena especialmente para o futebol.
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Futebol que, a julgar pelo minuto de silêncio que ninguém respeita e que foi respeitado no início da segunda etapa do jogo de ontem, perdeu o técnico Marão, Mário Celso, que montou e foi campeão com a seleção mineira nos idos de 62, um dos times mais brilhantes armados em nosso Estado.
Com goleadas homéricas, e vitórias contra cariocas, paulistas, paranaenses, o time de Marão foi, acho, o último campeão do torneio de seleções estaduais.
Time que contava com Amauri, Noventa, Ernani, Marcial, Luiz Carlos, Tião, e tantos outros jogadores que nos deram tantas alegrias.
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Devo encerrar admitindo que, por mais que eu não acreditasse, Cuca está com a razão. É o Galo, o único time que, pelo que estou vendo, pode tentar impedir o Cruzeiro de se tornar campeão. Porque o resto está fazendo a maior força para não colocar em risco o título dos azulados.
Botafogo perdendo para Bahia, Ponte Preta, em pleno Maraca. Atlético Paranaense perdendo de goleada para o Vitória, em seu campo, é sinal de que só o Galo mesmo. Embora a 18 pontos de distância...
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