quarta-feira, 30 de julho de 2014

Pitacos apenas para registro

Finalmente, como estampado em nossas folhas, Aécio reconhece ter feito uso do aécioporto de Cláudio, onde pousou de helicóptero. Entretanto, se reconhece e passa a admitir a utilização da pista, seus assessores desmentem veementemente o fato de que, na briga judiciária em curso, tendo como matéria de fundo o valor da desapropriação do terreno, sua família pode ter ganhos significativos. 
Como noticiado, a questão é que havia uma dívida anterior não saldada com o Erário mineiro, e a grana da desapropriação seria suficiente para liquidar o débito, com lucros.
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E, repetindo a mesma atitude do anão diplomático brasileiro, mais dois países, Chile e Perú convocaram no dia de ontem, seus embaixadores credenciados em Israel para consultas e explicações. Eufemismo que representa o desacordo de ambos com o nanismo moral e ético do Estado israelense e seus mandatários.
Que é bom que se diga, continuam bombardeando escolas e prédios civis e matando civis de forma indiscriminada, entre os quais crianças e mulheres. 
Além de terem bombardeado a estação geradora de energia de Gaza, agravando ainda mais a situação da população que agora passa a ser atendida por energia fornecida pelo Egito.


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E como não há limites para a defesa dos interesses ditos do mercado, o dono de consultoria econômica, colunista da Folha e ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwarsman, publica hoje uma defesa da análise realizada pelo Banco Santander, e enviada aos clientes de maior capacidade de renda, o que os torna aptos a aplicarem no mercado financeiro. 
Para o consultor, não apenas o que foi expresso no documento nada tem de controverso, pois apenas aponta fatos acontecidos e divulgados já na imprensa, como a reação à análise revela apenas, MAIS uma forma de censura.
Tudo isso para provar que o cinismo não tem limites, uma vez que, dominados pelos analistas e interesses do mercado, o colunista muito convenientemente se esquece que as notícias que utiliza para mostrar que as opiniões espelham voz corrente, são sim manifestações da voz corrente dos próprios analistas de mercado. E, como tal, por eles influenciado. 
Como o colunista pode ter intenções outras, mas não é ingênuo, mais que admitir que já chefiou a área econômica do próprio banco Santander, deveria era reconhecer que tais notícias e os episódios que elas tratam podem ter sido, como seguramente o foram em parte, fruto de um ambiente criado por força, e visando os interesses desses setores financeiros.
Curioso, é que as notícias que começam a ser divulgadas, indicam que, puxado pelo Itaú e Bradesco, os lucros do setor bancário apresentaram crescimento mesmo em uma economia onde quem ganha dinheiro produzindo passa dificuldades.
Ah! Banco do Brasil e Santander, logo ele, não apresentaram o mesmo desempenho de seus concorrentes.

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E para mostrar que continua tudo como dantes, no quartel ou melhor na esculhambação que é nosso futebol brasileiro, somos informados de que Felipão não apenas recebeu 4,5 milhões de reais por força do rompimento de seu compromisso com a CBF, como já está empregado.
Agora no Grêmio e nem completados mais que 18 dias de ter deixado o cargo na seleção brasileira, como um dos protagonistas de um dos maiores vexames da nossa seleção.
Sinal de que renovação é palavra que não existe no futebol de nosso país, como o demonstra o fato de Luxemburgo e seus projetos mirabolantes estarem de volta no Flamengo, Dunga de volta à seleção nacional, e agora Felipão...
Pelo currículo de todos eles, e pelas últimas lembranças de cada um, podemos esperar que Luxemburgo conduza o Flamengo à mesma situação que o deixou quando de sua última passagem pelo time carioca, ou seja, em vias de ser rebaixado. 
Felipão conduza o Grêmio ao mesmo lugar honroso a que conduziu o Palmeiras, na segunda divisão. E Dunga consiga mostrar que em futebol dominado por interesses escusos, em geral, extremamente lucrativos, o que menos interessa é a capacidade de dirigir e inovar no campo de jogo, e sim de intervir em negociações que envolvam somas e porcentagens cada vez mais elevadas.

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