segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Aécio: O boneco de cara de pau ou o irmão de Pinóquio

Embora concorde com o professor e cientista Rogério Cézar de Cerqueira Leite, e com sua opinião de que "Aécio não mente jamais" (risos à farta!), o certo é que poucas vezes a verdade dos fatos tem sido tão maltratada, quanto o candidato tucano o tem feito.
Infelizmente para nós brasileiros, que corremos o risco de ver um candidato tão ruim e tão despreparado chegar ao poder, Aécio não apenas mente, IMPUNE MENTE, como faz, como é peculiar em seu partido e no tipo de político e de política que ele representa, um jogo de cena que não passa de uma cortina de fumaça para embaçar os olhos do eleitor.
Isso quando não usa dos recursos mais abjetos como o uso da censura que utilizou para amordaçar a imprensa mineira, enquanto governou nosso estado.
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E, mentindo desesperadamente, acaba pisando no pescoço de todos aqueles que estiveram ou estiverem a seu lado, até mesmo daqueles que o ajudaram e não merecem tal retribuição.
Mas, esse, infelizmente, é o caso de Itamar Franco, a quem o menino do Rio e das baladas e colunas sociais, sucedeu.
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Antes e apenas para registro, devemos ter em mente que a história política brasileira revela, exceto no período da República Velha, caracterizada pelo domínio dos coronéis e seus votos de cabresto e de marmita, que nenhum dos presidentes da República conseguiu fazer seu sucessor. 
Foi assim com Dutra, derrotado por Getúlio, em seu período democrático. Depois, o processo repetiu-se com Juscelino, que por maior estadista e mais revolucionário e visionário que tenha sido, foi derrotado por Jânio Quadros e as forças conservadoras da UDN. Foi assim até mesmo no período militar, quando alguns grupos conseguiam impor o nome do comandante desejado, mesmo a contra-gosto de outras correntes. 
Aí veio Sarney, a quem o general Figueiredo nem se dignou a apertar a mão, ou proceder à passagem da faixa. E o processo repetiu-se com a derrota imposta por Collor ao governo. 
Mas, tudo terminou quando Itamar Franco assumiu o cargo como vice de Collor e, por força do plano Real que decidiu adotar, por ato de vontade política sua, já que há informações de que seu ministro da Fazenda não acreditava e nem apoiou o plano como hoje faz crer, Itamar conseguiu eleger seu sucessor. Justamente o ministro da Fazenda descrente do plano e que dele mais se beneficiou. A ponto de  nunca ter tido a hombridade de dar ao seu verdadeiro patrono o reconhecimento devido.
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Itamar morreu, sabe-se, magoado com FHC e sua falta de reconhecimento. 
Mas, tendo se tornado governador das Minas Gerais logo em seguida, e depois de ter interrompido uma das negociatas mais nefastas que foi a venda de pequena parcela das ações da Cemig para a AAS, empresa de capital americano, tendo a venda embutido na negociação/negociata, a aberração de que o controle da gestão passaria ao sócio (minoritário).
Itamar brecou a negociata, conseguiu anular a venda nos tribunais judiciais, e chegou a colocar a Polícia Militar de Minas em Furnas para impedir que ela também fosse alvo da privataria dos tucanos. Exatamente esse processo que tanto agrada a Aécio que ele o quer de volta, como se depreende das falas de seu ministro indicado para a Fazenda, caso o povo mostre mesmo que é míope.
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Diga-se a título de justiça, que a AAS, empresa americana que assumiu outras empresas energéticas no processo de privataria administrado pelo PSDB, conseguiu adquirir tais companhias, por força de  financiamento obtido junto ao BNDES. 
E apenas a título de complementação: não estava pagando, tornando-se inadimplente com o banco público. 
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Mas, tendo reagido à espoliação do patrimônio do povo mineiro, Itamar ficou condenado a receber qualquer repasse ou recurso devido pela União, líquido da parcela da dívida do Estado com aquela instância administrativa. Minas foi, então, obrigado a pagar as parcelas de sua dívida, enquanto outros Estados eram tratados com vista grossa. 
Mas,  se sem recursos Itamar  pouco pode fazer, ao menos consta que as finanças do Estado estavam em melhor situação. A ponto de Itamar fazer Aécio seu sucessor, dando-lhe apoio em sua candidatura.
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E agora vem o menino do Rio e das praias cariocas, dizer em propaganda que pegou as finanças do Estado em péssimas condições. 
Assim elas ficaram ao final de seu mandato!
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Mas não apenas mente e mostra-se mal agradecido. Aécio é acusado de confundir público e privado como poucos já o fizeram, embora não possa ser publicado, porque tem no bolso a imprensa chapa branca de Minas, o que aliás não é nenhuma vantagem. 
Basta olhar, nos últimos 60 anos, se o Estado de Minas, dito grande jornal dos mineiros, em algum momento deixou de dar apoio, de olhos fechados a qualquer ocupante do Palácio da Liberdade. Exceto, claro, Newton Cardoso que assumiu o governo ameaçando destruir aquele jornal. Infelizmente, sem êxito. 
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Está hoje na coluna de Ricardo Melo, na Folha, a quantidade de trapalhadas e mentiras que o tucano adota para passar por tudo que não é: sério, competente, confiável. A pessoa certa para o lugar certo. Aécio viu publicada notícia no blog de Juca Kfouri a respeito do empurrão que teria dado em sua acompanhante, em festa da Calvin Klei
Tentou na justiça impedir o blog, ou censurá-lo. 
Não teve êxito. Simplesmente porque  o episódio aconteceu. Agora, ameaça a campanha de sua adversária de difamação. Ora, como sabe que não irá ter êxito, faz a bravata apenas para chegar o dia das eleições. Depois, esquece na gaveta a ameaça.
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O aeroporto de Cláudio, cuja chave ficava de posse de seus familiares, não tinha necessidade de ser feito, especialmente por sua proximidade da cidade de Divinópolis, onde existe de fato, um núcleo econômico importante.
Deixar de soprar o bafômetro, alegando estar inabilitado, por estar com sua carteira vencida é só outra das malandragens que ele se acostumou a fazer para evitar punições.
Como ele mostrou ontem no debate da Record, sempre escorregando, lavando a mão como Pilatos. Tergiversando. Acusando de mentirosas as verdades sobre sua gestão incompetente na área da saúde, por exemplo. 
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Quanto ao nepotismo de que é acusado, nem adianta ficar discutindo muito. Todos sabem que a cabeça do seu governo sempre foi Anastasia e Andrea, sendo questionável se a ordem era essa.
Aécio não é muito afeito a trabalho, assim como acusam Lula de ser. 
Está mais para  banquetes e reuniões em salões da alta sociedade.
O que impede que tenha disposição para o trabalho no dia seguinte. 
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Não vou falar da publicidade do governo mineiro, feita em suas empresas de comunicação.
Mas, vou falar de como confunde o público com o privado, a ponto de tornar isso peça chave de seu governo: a parceria público-privada. 

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Para terminar, até que enfim, o debate de ontem na Record teve mais críticas mas menos agressões pessoais, o que é um avanço. 
Afinal como Aécio se comporta quando há mulheres envolvidas, adjetivando-as de forma grosseira, para Dilma tal mudança de comportamento pode ter  sido tranquilizadora.
Mas, Aécio não acertou quase nenhuma concordância que tentou fazer. E Dilma continua falando muito mal, de atropelo.
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Por fim: discutia com um amigo que vai votar em Aécio, apenas por desejar a alternância de poder.
Na esfera federal, porque votou pela continuidade do péssimo governo do PSDB em Minas. 
E nem reparou, esse amigo, que Aécio em encontro com Marina, falou por duas vezes, que nos oito anos... 
Isso porque já afirmou que é contra e que vai mandar projeto  ao Congresso propondo o fim da reeleição.
E ainda há quem nele acredite. O que me dá frouxos de riso.

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