quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Pimenta histérico passa a ideia de um Pimentel mais bem preparado. Novas pesquisas e o mesmo resultado recente

Definitivamente o desespero tomou conta do candidato ao governo do Estado de Minas Gerais, Pimenta da Veiga. Ao menos a julgar por seu comportamento ontem, francamente agressivo, para não dizer que completamente desequilibrado. Descontrolado.
E, se Pimenta perdeu as estribeiras, encontrou do outro lado um adversário que aproveitou-se de todo o descontrole do candidato do PSDB para mostrar serenidade, tranquilidade, autocontrole. Justo o contrário da postura do candidato da situação.
Assim não foi muito difícil para Pimentel acabar assumindo a postura de um candidato com um discurso propositivo, mesmo que em alguns instantes suas propostas não fossem, como normalmente acontece, apenas uma lista de intenções.
E embora pudesse tripudiar até do destempero e despreparo mostrado por Pimenta, o candidato oposicionista acabou poupando-o. Foi assim quando questionado sobre sua derrota para o Senado, na primeira oportunidade em que se candidatou depois de ter deixado a Prefeitura da Capital.
Pimentel lembrou que estava concorrendo contra Aécio e Itamar, figuras de expressão e respeito político. Lembrou que perdeu mas que tinha imenso respeito pelos eleitos e pelo voto do povo mineiro que preferiu escolher Itamar, que infelizmente veio a falecer pouco depois, e Aécio, que pouco frequentava tanto do estado de Minas quanto o próprio Senado. Acrescentou, ainda, que essa derrota, natural de qualquer eleição, não tinha qualquer relação com a atual eleição e com o que deveria estar sendo objeto de debate.
Não satisfeito com a resposta elegante que Pimentel havia lhe dado, Pimenta investiu contra a "derrota" eleitoral de seu oponente, ao ocupar o cargo de Ministro do Desenvolvimento na gestão Dilma, que já havia sido objeto de estranhamento de Pimentel em sua resposta original, já que como se sabe, não o que se falar de eleição quando se trata de escolha de ministros.
Na verdade, o que Pimenta da Veiga queria era a oportunidade para criticar a política econômica do governo Dilma, responsabilizando o candidato petista, por estarmos apresentando uma taxa de crescimento mínima do PIB, de estarmos em quadro que poderia ser caracterizado de recessão técnica, por estarmos com um resultado em conta de transações correntes negativo e excessivamente preocupante. Por estarmos com os índices de inflação elevados.
Mais uma vez, essa insistência deu oportunidade a que Pimentel evocasse a questão da crise internacional, e da preocupação social mais que econômica da presidenta Dilma, focada mais em assegurar a manutenção dos níveis de emprego, e nas conquistas sociais do povo.
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O que Pimentel poderia ter feito a mais, em sua resposta?
Lembrado talvez que Pimenta por estar fazendo uma gestão considerada boa na Prefeitura da Capital, foi mordido pela mosca azul do poder e que, iludido ou inebriado com seu próprio êxito, resolveu lançar-na a disputa para o governo do Estado, mesmo contra a opinião e vontade de quantos haviam o conduzido, pelo voto, à Prefeitura.
Resultado: Pimenta também foi derrotado, em derrota que o fez abandonar por algum tempo, qualquer projeto de concorrer a ou postular a cargo majoritário.
Mas, Pimentel preferiu o silêncio. Embora a derrota de Pimenta da Veiga já tenha ocorrido há tanto tempo que parte do eleitorado pode não ter a lembrança de tal eleição.
A insistência de Pimenta de que ele havia sido derrotado, como se isso o desabonasse, já que o povo não o apoiava, Pimentel evitou ridicularizar a Pimenta, fazendo qualquer menção a que, gostaria de voltar a conversar com o candidato da situação depois de vê-lo amargar, como as pesquisas de intenção de voto o indicam, uma derrota no próximo domingo.
Enfim, Pimentel deu um show de elegância. E cada vez mais que se exasperava, Pimenta dava um show de incapacidade para enfrentar situações que lhe exijam controle dos nervos.
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Quanto aos demais participantes do debate, mais uma vez Tarcísio Delgado teve condições de atirar tanto contra um lado, como contra o outro. E, convenhamos que o fez bem.
Criticou tanto a política econômica de Dilma e seu crescimento econômico pífio, quanto a incapacidade do governo estadual resolver o problema da criminalidade que, em sua opinião é o principal motivo que tem afugentado empresas e empresários de virem investir em Minas.
Tanto responsabilizou o governo pela manutenção de uma carga tributária elevada no estado, quanto o próprio Pimentel, por estar praticando uma política no Ministério, que não trouxe qualquer benefício para o estado que ele, agora, deseja governar.
Atirando para todo o canto, pode colocar o nome de Marina no debate, como seus oponentes também fizeram questão de salientar suas vinculações com os candidatos a presidente de sua sigla.
Apenas se empolgou demais em alguns instantes, como na sua fala final inclusive, que por tal motivo, não pode ser completada.
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Fidélis, mais uma vez mas com menos ênfase pode mostrar todo o radicalismo do partido pelo qual concorre. Radical no sentido de ir à raiz das questões e dos problemas que examina, como Luciana Genro tem feito questão de destacar.
Fidelis teve êxito a cada vez que manifestou-se sobre a questão do financiamento de campanha, e seus efeitos sobre aqueles partidos e governantes que se tornam  ungidos, em relação a seus financiadores.
Como se sabe, essa é sem dúvida uma das mais importantes questões que estão na raiz do problema da corrupção, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
Claro, não é a única razão, já que a corrupção assume distintas e variadas formas. Mas que é uma questão importante e que, como o candidato do PSOL deixou claro, impede que alguns candidatos tenham liberdade inclusive de tratar de questões que, mesmo importantes para a vida do eleitor, possam contrariar interesses dos financiadores.
Fidelis também não deixou de alfinetar a ambos os partidos que vêm ocupando as primeiras colocações nas pesquisas de intenção de voto, sempre lembrando que ambos partem de uma mesma matriz de comportamento, matriz que já se comprovou, desde julho do ano passado, contrária aos interesses da classe trabalhadora, da população em geral, mas completamente afinada aos interesses da classe empresarial.
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E assim foi o debate, na minha avaliação, apenas para permitir, àqueles que ainda tinham qualquer dúvida, constatar que Pimenta da Veiga já se comporta como derrotado. o que o tem tirado do sério e o tem levado a adotar um comportamento apelativo, bem ao contrário das tradições que ele mesmo tanto destaca, como característico do comportamento do mineiro.

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Novas pesquisas, e resultados cada vez mais estáveis

Continuo achando que será muito difícil que Aécio consiga, a julgar pela estabilidade demonstrada pela tendência das pesquisas de intenções de votos. alcançar a candidata Marina da Silva, nessa reta final.
Para usar uma metáfora bem ao gosto do ex-presidente Lula, extraída do futebol, se o time dele tivesse talvez mais 15 minutos de jogo, seria até possível que ocorresse uma virada.
Entretanto o jogo já vai se aproximando do esgotamento do tempo final, e parece que não haverá qualquer acréscimo de tempo.
Bem, tudo pode acontecer, tanto no futebol quanto na vida. E, eleições também são uma caixinha de surpresas.
Como se afirma, em geral, o resultado de eleição e mineração, só depois da apuração.
Mas, para que houvesse uma reversão dos 6 pontos percentuais que Marina mantém de distância de Aécio, seria necessário que o debate de amanhã na Globo fosse o palco em que o candidato do PSDB pudesse brilhar e dar o maior show.
Claro, contando ainda com o fato de que Marina teria de ser o seu oposto e ser um fiasco.
Com Marina tendo de bater agora em Aécio, razão porque escolheu no comício de ontem partir de forma agressiva para cima de Dilma, afirmando que Dilma sabia e, portanto compactuava com os desmandos que ocorriam na Petrobrás, ela se liberou para partir para cima da candidatura do PSDB.
Aécio, tendo que reagir, terá que avançar mais sobre Marina que sobre Dilma, muito distante para que sua munição possa vir a atingi-la nesse momento da disputa.
Com isso, Dilma pode assumir na Globo, o mesmo comportamento de Pimentel, de ver, de longe, o circo pegar fogo e seus oponentes se digladiarem.
Dependendo de seu comportamento e de sua postura mais simpática e menos arrogante ou de menina birrenta no debate, poderá até cativar aqueles que ainda insistem em não querer afirmar seu voto, fechando a disputa ainda no primeiro turno.
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São todas conjecturas. Mas a mais plausível permanece sendo a de realização de um segundo turno, opondo de um lado a candidata à reeleição, Dilma, e de outro sua ex-companheira de partido e até de governo: Marina Silva.

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