terça-feira, 14 de outubro de 2014

As mentiras todas do PSDB não dá para esquecer. Nem a corrupção que acompanha os tucanos

Nunca votei no PSDB para presidente da República.
Nunca tendo qualquer problema em declarar meu voto, nas três últimas eleições, eles foram sempre para o PSOL, respectivamente em Heloísa Helena, o saudoso e formidável Plínio de Arruda Sampaio e, agora, em Luciana Genro.
Em 2010, concordando com a atitude do partido, de não declarar apoio a qualquer candidato, anulei meu voto no segundo turno.
Antes, lembro-me que votava no engenheiro Leonel Brizola. Confesso que não me lembro de ter votado em Lula, exceto por total e completa falta de opção.
Aliás, nunca deixei de admitir que considerava o professor José Serra tecnicamente mais bem preparado que o candidato do PT, sentimento que não tinha qualquer relação com o fato muito explorado de que Lula não estudou. Ou que não quis estudar, mesmo quando teve oportunidade, por não ser dado a atividades que exijam algum sacrifício.
E, convenhamos, Lula mostrou que estava preparado para dirigir o país, por sua maior sensibilidade para as grandes questões nacionais que o professor Serra.
Lula mostrou a todos, e os prêmios que recebeu e o reconhecimento de órgãos internacionais o confirma, que estava sim preparado. E que nem sempre o diploma seja o sinal de preparo.
As provas estão aí e não mentem, quando se considera a quantidade de formandos e bacharéis, incapazes de se saírem bem nas provas da OAB, do Conselho de Medicina e até no ENADE.
Isso para não falar, por exemplo, de todas as vagas para o cargo de juiz, em todo o país, cujos concursos não conseguem selecionar qualquer candidato.
Mas, não era esse o assunto principal dessa postagem. Embora tudo que afirmei serve para dizer que decidi votar em Dilma, nesse segundo turno.
Porque de acordo com minhas convicções, acho sempre menos ruim para o país um governo que tenha um histórico de preocupações, uma tradição de realizações voltadas para as classes menos favorecidas da nossa população.
E, olhe que não tenho bolsa família, não recebo qualquer vale do governo ou juros subsidiados, não detenho títulos públicos para locupletar-me com as taxas de juros absurdas que se praticam no país, nem qualquer outra coisa que possa me caracterizar como pobre, ou versão do ex-presidente FHC, como desinformado.
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Ao contrário, as informações que detenho, permitem que saiba até que o professor FHC, então ciente de que os órgãos de repressão da ditadura estavam interessados em suas atividades, logo ele, filho do general Leônidas Cardoso e pertencente a família de tradição militar de longa data, optou por exilar-se no Chile, onde pelo que é relatado, viveu muito confortavelmente, tendo logo tido a oportunidade de se tornar funcionário da CEPAL.
Se FHC foi perseguido pela ditadura isso só se deu quando ao retornar ao país, e assumir cátedra na USP, foi cassado, um ano depois, tendo passado a viver de aposentadoria compulsória.
Logo ele, que considera pessoas como eu, que já se aposentaram, ou como Lula, que também recebe aposentadoria não passarem de vagabundos.
Mas não é de FHC que deveríamos estar falando, embora ele seja reconhecidamente um dos mentores dessa farsa que é a figura política bem sucedida de Aécio Neves.
Porque é importante que a memória que mantemos não se perca e que as mentiras que o programa de propaganda política do PSDB destila não passem despercebidas, especialmente, pelos mais novos.
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O PSDB mente nas propagandas e apenas consegue algum êxito, por ser o porta voz da reação conservadora e mesquinha de um parte da classe média brasileira, tão preocupada em correr atrás da realização de seus sonhos e suas riquezas, que esqueceu-se de que a riqueza compartilhada e fruto do trabalho em solidariedade é muito mais valorosa.
Essa parte da população, que vota em Aécio por ser ele que vai acabar com a corrupção do país, nada conhece do processo de privatização, em que grupos de empresas se associavam dentro dos gabinetes do governo, para definir que grupos seriam os beneficiários dos leilões.
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Não sabe que se Lula e Dilma fizeram governos onde os bancos tiveram lucros exorbitantes, foi no governo FHC que o Banco Central teve de lançar o PROER- Programa de Reestruturação do Sistema Bancário do país.
Não se lembram que o PROER foi lançado na madrugada da noite em que foi decretada a intervenção/liquidação do Banco Nacional. Logo o banco de propriedade de Ana Lúcia Magalhães Pinto, ex-nora do nosso presidente impoluto.
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Esquecem-se de que o Plano Real foi lançado em fins de 1993, quando o ministro da Fazenda era FHC, mas quem comandava os destinos do país era Itamar Franco, eleito vice de Collor, por outra sigla, distante, muito distante do PSDB.
Vá lá, o ministro então lançado candidato teve que deixar o cargo em abril, quando ainda tinha apenas dois meses de URV, a grande inovação do Plano. E três meses antes da troca definitiva da moeda para  o Real.
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É importante recordar que foram Ricúpero e depois de sua queda Ciro Gomes que comandaram o Real no festival de liberação de importações a que o país assistiu no final daquele ano, e que conseguiu amedrontar os empresários nacionais, impedindo-os de tentar restabelecer suas margens de lucro.
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Mas não podemos esquecer do choque de juros que Pedro Malan e Pérsio Arida foram forçados  a praticar enquanto presidentes do Banco Central, por força da crise que se abateu sobre o México e que poderia causar um efeito contágio, de fuga de capitais, logo no momento em que nossas contas externas tornavam-se tão vulneráveis.
Isso para não falar da criação da banda cambial, em que amigos do presidente do BC, Arida, ganharam grandes somas de dinheiro, sem esquecer que foi no sítio desse amigo que o presidente do BC havia passado o fim de semana.
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Também não vamos falar de diretores do Banco Central, condenados pelo Judiciário, por terem protagonizado um dos mais bizarros escândalos do governo FHC, o caso Marka-FonteCindam, no ano de 1999, logo em seu incio, em que o nome mais evidente foi o do banqueiro Salvatore Cacciola.
Ou as pessoas não se recordam de que tanto o diretor Mauch da Fiscalização e a gerente do departamento Tereza Grossi foram punidos posteriormente, tendo essa última por seus préstimos na trapalhada, sido nomeada, na ocasião,  diretora do Banco Central, prêmio que não pode usufruir por longo tempo.
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Mas não falemos desses indícios de corrupção. Falemos da compra de votos por FHC, por 200 mil reais, para que fosse aprovada a sua reeleição.
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E tem gente, coitada, que tão esquecida, vem pregar a alternância do poder, quando a ideia por todos agora condenada foi do Sérgio Motta, ministro de FHC e homem forte de seu governo. Aquele mesmo que previa ficarem os tucanos 20 anos no poder.
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Mas não é só. Fica fácil hoje mentir e culpar ao governo Dilma por um PIB pequeno, por uma inflação elevada.
A tabela abaixo, para os anos de 1995 até 2002,  extraída do Ipeadata mostra os números que não deixam margem a dúvidas:

           PIB     Variação real     IPCA    Metas 
705.640,89 4,42 22,41
843.965,63 2,15 9,56
939.146,62 3,38 5,22
979.275,75 0,04 1,65
1.064.999,71 0,25 8,94 8
1.179.482,00 4,31 5,97 6
1.302.136,00 1,31 7,67 4
1.477.822,00 2,66 12,53 3,5

Vale observar que o PIB está apresentado em milhões de reais, e as taxas em percentuais ao ano.  

A meta de inflação,  criada como instrumento de política após 1999, quando Armínio Fraga já era o presidente do Banco Central, não foi respeitada salvo em um ano, tendo sido superada em quase 200% no ano de 2001, e mais de 300% em 2002, último ano da malfadada gestão tucana.
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A variação do Pib real foi de 2,32 em média, com o êxito natural provocado pelo processo de estabilização, como acontece em toda a economia que passa por experiência semelhante. Nos últimos 4 anos, em que Lula foi o culpado pela inflação, segundo Armínio, a inflação também foi muto alta, talvez por força de o PT estar querendo lançar Lula candidato!!!!!
Bem no mesmo período de Armínio, tivemos taxas de juros elevadíssimas, e PIB crescendo em média 2,1%.
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Ora,  no governo de FHC o mundo vivenciou três crises. Todas localizadas, embora tenhamos de admitir que o projeto de globalização que tanto encanta e agrada aos economistas ligados aos tucanos e à Marina, acaba fazendo a crise atingir a proporções mais amplas. Foram as crises do México, da Rússia e da Ásia.
E elas foram sempre a desculpa usada pelo governo para os problemas de nossa economia. 
Mas nenhuma atingiu a dimensão da crise iniciada no coração do capitalismo liberal, os EUA.
E a ela o governo Dilma não pode responsabilizar, porque parece ser exclusividade do governo tucano não cometer erros e não assumir responsabilidades.
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Não vamos aqui falar da fama de Aristides Junqueira, o engavetador geral da República, que a tudo engavetou, Nem da nomeação por favores prestados do advogado geral da União, para uma cadeira no Supremo.
Também isso o PT copiou e fez semelhante. Infelizmente.
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Mas, poderíamos lembrar o problema com a Plataforma da Petrobras que deu origem a uma tentativa de aprovação de uma CPI, negada pelo partido do governo, Aécio, esse democrata, em meio ao movimento. 
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Vou falar apenas de que prefiro a Dilma me dando subsídio e/ou represando o preço da energia, do que o apagão dos tempos de FHC em 2001. 
Porque depois do apagão, também eu vi minhas tarifas de energia sendo elevadas, não por ter algum tempo me beneficiado de pagar menos. Ao contrário, porque o contrato das firmas privatizadas atribuíam ao governo a responsabilidade de cobrar pela energia não vendida, não entregue e nem produzida, por força de contrato.
Talvez para a obtenção de taxas de retorno do capital capazes de incentivarem tanta parceria público -privada, como Aécio gosta tanto de afirmar. 
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Afinal, não fosse o caso esdrúxulo de venda das ações e cessão do controle da Cemig pelo tucanato, em boa hora desfeito por ato de vontade política de Itamar, e não fosse a construção tão criticada, inclusive por erros de construção, da Cidade Administrativa que leva o nome de seu avô até pudéssemos acreditar que o PSDB mudou e Aécio representa essa mudança.
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Isso para não falar dos casos já muito citados e que em nada resultaram do mensalão mineiro, de Eduardo Azeredo e companhia, do aeroporto da família Neves, em Cláudio, da Alsstom e do Metrô de São Paulo, e tantas outras situações que ilustram tão bem o rigor e a ética do PSDB.
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Chega de mentiras e esquecimentos. 
Eu vou de Dilma.

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