quinta-feira, 24 de março de 2011

Análise do futebol no Galo, se é que alguém identifica algum

Em minha opinião, não há novidades no futebol do Galo, ou na ausência dele, para ser mais preciso.
De novo mesmo, apenas a esperança no início dos trabalhos desse ano, agora já colocada na percepção e na dimensão exata.
Senão vejamos: as contratações do Atlético, anunciadas como bombásticas foram, todo o tempo, de jogadores de frente. Magno Alves, Jobson, Mancini, todos com algum tipo de risco embutido na contratação.
De Magno Alves e Mancini, a idade, a capacidade de reação do organismo, a dificuldade cada vez maior de adquirir condições físicas de jogo. Condições técnicas, como se sabe, eles já provaram que têm. Mas, cada vez mais, futebol alia força à qualidade técnica.
Jobson é um grande jogador. Se quiser assumir a vida de sacrifícios que é a marca de todo atleta de destaque. Com ele, que tem a juventuda a seu favor, o problema é de outra ordem. Disciplinar, talvez. Psicológico, provavelmente.
De quebra, trazendo atacantes, o Atlético se viu forçado a liberar de uma só vez Obina (por imposição dos verdadeiros donos do passe), Tardelli e até mesmo Diego Souza.
Para compensar traz Guilherme. Sem comentários.
E continua com Wesley (outra contratação), a insistência com Ricardo Bueno, a correria, às vezes sem objetividade de Berola.
Este último, pelo menos, ainda deixando desarvoradas as defesas adversárias, em seu desvairio.
E ainda conta com Daniel Carvalho que, tal como Diego Souza, ainda não explicou a que veio.
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O meio campo foi outro setor a receber reforços no time do Atlético. Toró, o próprio Mancini, Richarlyson.
E continuamos sem criatividade, sem objetividade, sem consistência.
Afinal, se temos e utilizamos Serginho, Zé Luiz, como cabeças de área, alguma coisa não está encaixando bem, tamanha a facilidade que os atacantes adversários têm para penetrar em nossa defesa.
Na frente, todos sentem a dificuldade demonstrada pelos armadores para fazerem a bola chegar até os atacantes.
Ou o problema é dos atacantes que não se deslocam, não se apresentam e não aparecem para serem acionados, ou então é da incapacidade mesmo de se acertar o passe. De se tramar uma jogada que seja, por um meio campo insosso.
Exceção feita à técnica e à capacidade de cadenciar o jogo, quando é necessário não ficar correndo atrás de gols, demonstrada pelo veterano Ricardinho.
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Mas, em minha opinião o pior é nossa defesa. Sem laterais, embora o jovem Bernard tenha feito uma grande partida ontem, em especial no primeiro tempo, e sem miolo de área.
Achei que o problema estava em Werley, e estava enganado.
Também Réver e Leonardo Silva estão batendo cabeça mais que o recomendado para uma dupla de zagueiros com tamanha experiência e já demonstrada capacidade.
Quanto ao jovem goleiro Renan Ribeiro, que tem se mostrado sempre um grande goleiro, ainda assim parece desatento em alguns lances, ou inexperiente em outros, o que não serve para condená-lo.
Mas, alguém já disse que ele começou a apresentar algumas falhas, depois da mudança de treinador de goleiros.
E o problema é que a defesa leva gols demais. Em todos os jogos.
E olhe que estamos falando do Galo jogando contra o Ipatinga, o Guarani, o Villa, o Uberaba.
E estamos os atleticanos, com os olhos no Palmeiras, na Copa Brasil, no Flamengo, no Cruzeiro. E estamos sonhando com o Campeonato Brasileiro.
Ô capacidade besta de sonhar essa que nós temos!!!...

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