Na total incapacidade de fazer algum comentário mais honroso, por razões várias, que incluem a ausência de um relacionamento pessoal, por mínimo que fosse; e fundado no fato de não crer que possa fazer juízos e julgamentos a respeito de comportamentos humanos, dado que não seria eu capaz de atirar nem a primeira nem a última pedra, mesmo daquelas pequeninas, dizer o que de José Alencar, nosso ex-vice-presidente?
Da galhardia com que enfrentou a morte. Do exemplo que deu, de luta e persistência, contra a doença. Até de bom humor, para enfrentar a adversidade, sem se entregar, e sem se fazer de vítima.
Ao José Alencar, exemplo de como a vida pode ser mais bem vivida, mesmo que com seu limite datado, rendo minhas homenagens.
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Aproveito para ampliar a observação da luta contra a morte, e para destacar que a mesma postura de garra e coragem do homem José Alencar, deve ser a postura de qualquer um de nós, seres viventes, cujos limites da vida, por ignorados, não podem servir para nos abater nem para nos derrotar.
Também essa nossa vida, envolta toda em mistério e surpresas, deve ser sempre levada com bom-humor, no lugar dos rancores. Com otimismo e esperança, no lugar do derrotismo e do pessimismo.
Afinal, para não ficar repetindo o bordão que recomenda fazer uma limonada com o limão azedo servido pela vida, basta lembrar que, quando pequenos, o limão virava diversão, bola de futebol da pelada. Da brincadeira do peru ou bobinho, entre os meninos.
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Fazer da vida, de cada segundo, que pode ser o último, nem o primeiro, nem o segundo momento, mas o único, talvez o derradeiro.
E aproveitar, ludicamente.
Essa a lição que a morte do político ontem, nos passa.
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E deixemos a outros, na imprensa, na midia os elogios fartos, e a transformação em herói, de quem foi apenas mais um homem. Certamente, herói corajoso e vilão sem pudores; certamente bondoso e arrogante; certamente com acertos e erros. Com amigos e inimigos. Como todos nós, metade luz, a outra metade escuridão. Metade farsa, a outra metade apenas verdade. Ou não?
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