terça-feira, 22 de março de 2011

Futebol, Guilherme e a formação de jogadores na base

No futebol, depois de perder Tardelli, o Galo anuncia Guilherme. Jogador com lampejo de craque, corro o risco de queimar a língua ao falar da contratação.
Sempre achei o Guilherme fora de jogo, fora de sintonia.
Do tipo do Renan Oliveira, que também apresenta seus momentos, embora poucos para um futebol de 90 minutos.
Diferente de Renan, atleticano de coração, Guilherme parece torcedor de nosso adversário principal.
Menos mal que ele é um profissional e deverá jogar por nosso time o mesmo que jogava quando vestia azul.
Mas, confesso que não gostava muito dele - e não por marcar gols contra a gente. Mais pelo estilo mais para o desligado do jogo.
Que venha e tenha êxito o Guilherme, que jogou 23 partidas na Ucrânia, pelo que está no jornal Super de hoje. O que convenhamos é muito pouco para manter-se em forma.
Que venha e seja vitorioso, para o bem do Galo.
Mas que é estranha esta postura do Atlético de ter no elenco o mesmo time do Cruzeiro, apenas com dois ou três anos de atraso, isso ninguém consegue me tirar da cabeça.
***
Ainda sobre a questão do Galo e todas as contratações de jogadores que fizeram sucesso, antes, no nosso adversário.
Já houve época, e não faz tanto tempo assim, que o Galo formava jogadores.
Já houve um tempo em que praticamente todos os times da divisão principal do campeonato brasileiro tinham um ou dois jogadores, no mínimo originários da base atleticana.
Hoje, corremos atrás de jogadores que, se não foram formados pelo Cruzeiro, experimentaram lá os seus momentos de maior brilho, ao menos na fase inicial de carreira.
O que mudou?
Antes Zé das Camisas, funcionário e técnico ou responsável pelas equipes de base, ia ao interior. O Atlético tinha a figura do Cônsul, um em cada cidade do Estado. E os olheiros sempre indicavam os jogadores que se destacavam, para vir fazer um período de experiência.
Com o futebol dando menos prestígio e grana, não havia tantos peneirões, com tantas indicações de diretores e conselheiros. E os que eram escolhidos para fazerem parte das categorias inferiores eram os melhores. Não os com maior apoio ou com apoio dos diretores mais fortes.
Não havia, da forma como existe hoje, o QI - quem indica. Embora as indicações eram a essência, apenas que feitas por boleiros. E olheiros sérios.
O que acho curioso não é que times europeus já contratem meninos no interior de Minas, antes mesmo de esses meninos começarem uma carreira, apenas por verem o menino em ação nas peladas, por filmes, dvds, etc.
Afinal a tecnologia está aí para isso mesmo e tem se mostrado muito útil. Veja o caso do Messi, contratado ainda menino pelo Barça.
Mas, para mim, curioso é que, no Galo a coisa não evoluiu. Parou. Empacou. Ao invés de continuar a política de sempre, de ir garimpar craques, o Atlético entrou na de comprar jogadores formados e consagrados (vide Selegalo de amarga e medíocre lembrança! Ou lambança?)
Tudo bem que compra e venda, contratos, etc. apresentam a oportunidade para que sempre alguém tenha uma comissãozinha por fora.
Mas, o Galo, que era o clube que mais ia ao interior buscar jovens promessas ficou reduzido a ir a ..... Ribeirão Preto.
Não sei se já se fez uma pesquisa séria, mas o grande fornecedor de jogadores jovens hoje, para nosso time é a cidade paulista vizinha. Tudo bem, se de lá continuarem vindo Cicinhos, Renans Ribeiros e outros como os citados.
Mas, que é motivo para se espantar, eu não duvido.

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