Mais que selvageria e covardia, a ação dos policiais em Manaus, tendo como alvo um adolescente de 14 anos de idade, desarmado e já rendido, demonstra um tremendo escárnio em relação à sociedade e aos direitos humanos.
Pior não é o filme que mostra o sangue-frio, o ato de vandalismo a que todos nós, cidadãos comuns estamos sujeitos.
As imagens chocam, claro.
Mas muito pior é o complemento da informação. Especialmente o relato da ocorrência tal qual como consta no BO, descrevendo a ação militar como reação a uma agressão a tiros, de que os membros da patrulha ou guarnição foram vítimas.
Hilário - por toda a tragédia que a vida nos reserva, a ponto de transformar-se em comédia -, ver a descrição que os isenta, em contraponto à imagem que os incrimina.
Dramático, saber que a violência institucionalizada e socialmente aceita, se assenta em uma demontração inequívoca de impunidade.
Impunidade assegurada pela violência aceita. E pela total e completa falta de caráter de quem deveria ser o guardião da moral e costumes da sociedade.
Podre e triste sociedade, essa nossa.
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