quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

De volta ao tema das torcidas organizadas

E retorno ao tema, para tratar do comentário de Leonardo, a respeito da postagem que fiz ontem, em que recriminava as torcidas organizadas pela violência e atitudes de vandalismo, muitas vezes protagonizada por elas.
Em primeiro lugar, Leonardo - a quem não conheço, reconheço que ao criticar o comportamento das organizadas, cometi o erro de generalizar. E toda generalização é equivocada.
Assim sendo, e para me penitenciar, coloco abaixo os endereços que você fez a gentileza de me passar:
- http://www.youtube.com/watch?v=wURIdLe62yk
- http://www.youtube.com/watch?v=rowPGO1dqQI
- http://www.youtube.com/watch?v=QxrC72vW0q4
Cumprido este passo, que creio ser meu dever, gostaria de voltar ao tema para argumentar que as opiniões que expressei, como deveria ter ficado claro no próprio texto de ontem, são sensações que experimentei em estádios, e não sofreram influência de qualquer órgão de imprensa ou mídia, golpista ou não (as PIG's).
Por generalizar, acabei incluindo em uma mesma análise pessoas que são mau intencionadas e se utilizam das organizadas para se acobertarem e, sentindo-se protegidas pela associação à qual pertencem, praticarem atos de selvageria, violência, intimidação, brigas, agressões, saques, arrastões, etc.
Vendo os filmes recomendados do youtube, percebo que esses arruaceiros devem constituir uma minoria e que devem provocar o mesmo tipo de reação, senão de distanciamento e até repulsa de todos os demais integrantes das torcidas, cujas preocupações são bem mais nobres, além das de torcerem juntos pelo mesmo time da paixão.
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Confesso que não conhecia o trabalho social, que vai da promoção de cursos de inclusão digital, até campanhas de doação de agasalhos, alimentos, e até doação de sangue, tratado nos filmes (créditos também à turma que utilizou o tema como pesquisa para trabalho de conclusão de curso - parece-me Universidade Cruzeiro).
Pois bem, o que lamento é que esses torcedores que promovem ações destinadas a reduzir as desigualdades e corrigir as injustiças sociais, na medida que lhes é possível; essas torcidas que preocupam-se com o desenvolvimento de projetos de integração social, até mesmo de não aficcionados ao clube do coração, não venham a público, e com veêmencia não se pronunciem contrários aos atos criminosos, muitos deles, praticados por pessoas que estão infiltradas no meio deles.
Sem entrar nessa que uma maçã podre pode contaminar maçãs boas, a verdade é que quando um membro de uma torcida organizada, ou alguns membros, são flagrados cometendo esses atos de desatino, a falta de condenação pelos líderes das organizadas, o silêncio que se faz, acaba sendo tão ensurdecedor que capaz de encobrir o canto das milhares de vozes, torcendo pelo time nos estádios.
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Então, parece que a gangue que cometeu o vandalismo teve a conivência dos demais, o que não é verdade, exceto pela compreensão de que muitas vezes a passividade é fruto do medo e insegurança representada pelos mesmos atos e gestos de violência.
Mas esse não pode ser o caso de torcidas que adotaram posturas críticas até em relação a regimes políticos caracterizados pela repressão e pelo violência.
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Como acredito que só quem está morto não muda de opinião, especialmente depois de passar a ter conhecimento de fatos que ignorava, em relação às organizadas, confesso que mudei meu pensamento. Graças ao Leonardo e aos filmes e endereços indicados.
O que não significa que não continuo achando que o comportamento de PARTE desses torcedores nos estádios nem seja defensável e nem merecedor de que eu altere sequer uma vírgula do que foi postado ontem.

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