quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A equipe da Dilma

Aos poucos vão sendo conhecidos os nomes da equipe de auxiliares do primeiro time da nova presidenta, Dilma.
Depois de Mantega, Miriam Belchior e Tombini, respectivamente para a Fazenda, Planejamento e Banco Central, anunciados primeiro para reduzir as incertezas do mercado, vieram Sérgio Côrtes para a Saúde, e as referências à manutenção de Nelson Jobim na Defesa, de Fernando Haddad na Educação, Edison Lobão nas Minas e Energia e Paulo Bernardo, esse deslocado para as Comunicações.
Outros nomes falados são os de Mercadante para a Ciência e Tecnologia, Fernando Pimentel para a pasta responsável pelo Desenvolvimento Econômico, Comércio e Indústria.
Também confirmados os nomes da Casa: Palocci, Gilberto Carvalho, entre outros.
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Em homenagem ao governo Lula, que a fez sua sucessora, e considerando-se que durante o período de tempo em que ocupou o Ministério da Casa Civil teve a oportunidade de trabalhar com vários dos nomes agora ventilados, os nomes apresentados não devem causar surpresas, nem críticas.
Embora deverá haver mudanças em alguns projetos e propostas, a maior parte dos planos em andamento deverão ter sequência, e alterações deverão ser mais no estilo de gestão ou no ritmo do andamento dos processos, ou ainda em uma ou outra eleição de prioridade.
Mas, nada que descaracterize o governo como sendo de continuidade, ao menos nos 18 primeiros meses de exercício do mandato, prazo que nos remete à campanha eleitoral para as prefeituras de 2012, e marco de possíveis mudanças, em função dos resultados daquele pleito.
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Até lá, só os problemas de sempre, na escolha dos nomes indicados pelo PMDB, mais pela quantidade de grupos e interesses lá agrupados e antagônicos, que por força de qualquer outra razão mais significativa.
E aí está o problema: porque o PMDB mais uma vez acabará assumindo o papel de partido de base de apoio do governo, e de oposição. Isso, se não ocupar o próprio papel de liderança oposicionista.
Ou seja: a governabilidade ou a sua carência passam mais uma vez pela maneira e pelo pulso que a presidenta eleita demonstrar desde esses primeiros momentos tensos de negociações e conquista de espaços e ocupação de vazios.
Em minha opinião, para nossa sorte, disso Dilma entende bem.

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