Mazembe, dois a zero. E o Inter fora da disputa do seu segundo título mundial.
Uma pena, pela quantidade de gols perdidos, no início do primeiro tempo. Depois, já quando a partida estava em 1 a zero para os africanos, o Inter começou a jogar na base do chutão, da chamada ligação direta, para o ataque.
E foi desclassificado pelo time do Congo, resultado que foi ruim para o Inter, para os torcedores brasileiros e o futebol brasileiro, de maneira geral, mas foi um grande resultado para o que o futebol representa de lúdico, de brincadeira. De alegria.
Alegria como a do goleiro africano, pulando sentado pela grande área, repetindo o feito da primeira partida. Como a dança, uma verdadeira coreografia dos atletas do time do Congo, depois de encerrada a disputa, em comemoração a sua classificação.
O futebol, antes do esporte do imprevisto, é o futebol da alegria e da malandragem. O futebol da ginga, objetivo e feliz.
É isso que mais apaixona no futebol. E foi por isso que os africanos venceram.
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Por fim, a CBF reconheceu que a Taça Brasil era o torneio mais importante sob seu patrocínio, na verdade, pela CBD, desde 1959.
E assim, alterou o ranking do futebol nacional, com o Santos e o Palmeiras passando a contar com 8 títulos de primeira grandeza.
Reconheço ter dificuldade para dizer oito campeonatos. Porque, sem querer puxar a sardinha para o meu lado, o do Atlético, a verdade é que a Taça Brasil podia sim, ser o torneio mais importante, o de maior prestígio, etc. etc., mas era apenas um mata-mata, disputado entre os campeões estaduais, e apenas eles, de alguns estados do país. Nem entravam todos os estados.
Reconhecer os méritos dos vitoriosos, como o Santos, o Cruzeirode 66 (que goleou o Santos de Pelé, por 6 a 2 em pleno Mineirão, etc.) é justo e nada há a falar em contrário.
Mas, tratar tais campeões como os campões do Campeonato Nacional, com muito mais clubes, torneios com outro tipo de estrutura, é no mínimo, uma incoerência.
E digo isso, porque muito mais importante, então, e digno de reconhecimento e valorização, seria a conquista da Copa Brasil, torneio também no estilo mata-mata, mas com mais clubes, e mais estados participando.
Bem, como tudo isso é apenas para fazer figuração no ranking, a verdade é que os times que foram campeões nunca deixaram de sê-lo e serem reconhecidos. E não dependiam da declaração formal da CBF para tanto.
E se representa muito do ponto de vista da história, o futebol, é bom lembrar, é momento. E o momento que conta hoje, tem o Fluminense como campeão. Mesmo que tendo voltado para a divisão principal, há alguns anos, pela porta de trás, do convite, e não pela porta principal, da conquista do direito ao acesso.
Mesmo pensando assim, parabéns enfim, aos campeões das Taças Brasil e Taça de Prata.
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