segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Chuvas e destruição: quão frágeis somos os detentores dos segredos de Prometeu

Notícias de economia? Novidades do governo?
Mais uma vez, embora com governo novo, o que invade as nossas preocupações e as telas de televisão e os programas jornalísticos e informativos é a tragédia das águas de verão.
Destruição e mortalidade que nos levam às lágrimas, senão completamente soltas, pelo menos aquelas que descem envergonhadas, escorrendo por dentro de nossa garganta, e nos trazendo um gosto ruim na boca, de dor e pequenez.
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Confrontado com as chuvas e a força avassaladora da natureza, percebemos como somos frágeis, quase nada.
Mesmo quando solidários!
Aí, quando deixamos de ser indivíduos para sermos coletividade, as coisas indicam que, se continuamos frágeis, pelo menos nossa fragilidade encontra conforto, quando nos unimos.
Porque as forças da natureza servem para nos colocar, mesmo como comunidade, na exata dimensão que nos serve de medida: somos gravetos, frente a um desastre provocado por águas que arrastam grandes e pesados troncos.
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Mas, ainda resta a solidariedade. A força e a beleza de todos que se unem, nessa hora, e doam: seus trabalhos, no caso mais que elogiável dos voluntários; seu sangue; seu dinheiro, os pertences que já não são mais úteis, e até a atenção e as orações que dedicam às vítimas e aos necesssitados.

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