Está em todos os noticiários das TVs abertas. Em todos os jornais noturnos.
O preço dos alimentos está em ascenção em todo o planeta. O alerta, quem faz é a ONU.
Como o próprio Jornal da Globo teve de admitir, se por um lado isso é ótimo para a economia de nosso país, grande produtor e exportador de alimentos que, assim, pode obter resultados bastante positivos em sua balança comercial, por outro lado, a elevação dos preços pode acarretar em maiores pressões altistas.
Afinal, segundo as regras de mercado, sem enxergar à sua frente mais outro objetivo que não seja o lucro, o produtor irá optar em vender sua produção àquele que puder pagar mais. Sem alternativa, exceto enfrentar a escassez de alimentos internamente, o consumidor brasileiro deverá pagar mais, ao menos o mesmo tanto que o produtor estaria recebendo para vender ao resto do mundo.
Claro e límpido como água.
Como clara e límpida é a consequência: a elevação do preço dos alimentos encarece a cesta básica. A elevação do custo de vida irá refletir no aumento das demandas por aumentos salariais, em um ano em que, assumindo o mandato presidencial, a presidenta Dilma já estabeleceu como objetivo o retorno dos preços à casa, civilizada de 4,5% ao ano, ou menos.
Caso a pressão por aumentos salariais fique insuportável, a solução então passará a ser.... e agora?
Elevar a taxa de juros para combater a elevação da demanda e a alta de preços, não deverá funcionar: é sabido que o uso de instrumentos de política monetária para controle da inflação é recomendado apenas para o caso de inflação de demanda.
Como se vê, os desafios que o governo Dilma têm à frente, não são poucos. Nem insignificantes.
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