quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Revendo o Galo e o seu futebol.

Embora o resultado foi muito ruim, para um reencontro tão ansiado pela torcida, e o time mostrou que ainda está longe de encher os olhos da massa, gostei.
Gostei de Jobson e sua velocidade, e sua disposição de tentar partir para a frente, na técnica ou na raça, à base de trombadas, como o lance que originou o gol de Ricardinho.
Gostei de Patric, bem mais lúcido e com mais gana de ir à frente que Rafael Cruz. Achei que, ao entrar no ritmo, poderá ser um lateral bastante útil para o time. Capaz de suprir a carência de um jogador para aquela posição desde a saída de Cicinho.
Gostei de ver a reestréia de Mancini, vestindo a gloriosa. Mais experiente, mais consciente. Mais lúcido, tentando jogadas e chutes de fora da área, lances de que o Atlético se ressentiu na primeira fase.
Renan Oliveira não foi mal, tentando a armação de jogadas em toques rápidos.
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Quanto a Richarlyson, mostrou na sua estréia que, como eu esperava foi a maior contratação para a temporada. Como sempre, voluntarioso, habilidoso, firme, fazendo jogadas viris e, curioso, jogando tão bem, em minha opinião, foi o jogador envolvido, de forma azarada, no lance de que redundou o gol do River uruguaio.
A jogada infeliz de Richarlyson lembrou-me outra estréia, também de um lateral esquerdo, posição de origem do ex-sãopaulino, nos idos de 1967: a de Cincunegui. Chegado do Uruguai no meio da semana, e escalado no domingo para marcar o veloz ponta cruzeirense, Natal, coincidentemente a única jogada em que foi batido, deu origem ao gol dos adversários, que ganharam o jogo de 1 a zero.
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Gostei da rápida e envolvente troca de passes no meio campo, especialmente no primeiro tempo, pelo que projeta em potencial, quando deixar de ser mera troca de passes no meio e conquistar mais objetividade, com penetrações em direção ao gol.
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Não gostei da impaciência da torcida, manifestando-se, algumas vezes contra a falta de objetividade das trocas de passes e inversões de jogada. É preciso ter calma e aguardar.
Não gostei de passes errados, muitos sob a justificativa de que, por ser primeiro jogo, estão todos sem muita sintonia em relação à bola e às dimensões do campo, além do posicionamento dos companheiros.
Do calor que parecia bastante intenso, mesmo à meia-noite, quem não deve ter gostado foram os jogadores.
Mas, como teste foi bom. E serviu ao que se propôs: começar a dar ritmo de jogo aos jogadores e permitir a Dorival Júnior buscar encontrar o melhor posicionamento para a equipe.

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