segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O retorno do fim de férias

Em minha volta ao trabalho, o retorno aos pitacos.
Que estiveram ausentes nesses últimos 4 ou 5 dias, por um motivo justo: não vou dar pitaco sobre BBB.
Embora admita que é muito difícil ter, até o final do carnaval, alguma coisa de importante para tratar.
Claro, sempre pode ser feita alguma observação sobre o estilo Dilma de governar, muito mais contido, muito mais gerencial e técnico, muito menos midiático que o de seu antecessor, Lula, como não deixou de alfinetar o próprio ex-presidente FHC.
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A esse propósito, é digno de observar que, ao contrário do governo anterior, em que o presidente parecia fomentar não apenas os debates, mas muitas vezes a própria discórdia, para poder exercer a arbitragem imperial final, parece que é mesmo para valer a questão de que rusgas internas terão de ser resolvidas intramuros. Só depois de obtido o consenso ou tomada a decisão, a imprensa, a mídia será informada.
Para evitar especulações e a transformação de pequenas (e inevitáveis) divergências em crises institucionais.
É isso que parece ser a mais plausível explicação para a exoneração publicada no Diário Oficial de Pedro Abramovay, Secretário da Secretaria Nacional de Justiça.
Pedro, que defendeu um tratamento punitivo mais leve para pequenos traficantes foi desautorizado, logo em seguida pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Enfim, como se previa, este é o jeito Dilma de governar. Mais para trator que para salamaleques.
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Outro assunto, bem mais polêmico e vergonhoso, que tem ocupado a atenção dos órgãos de imprensa é a da concessão de aposentadoria vitalícia para ex-governadores. Afinal, trata-se, na maioria das vezes e dos casos, de pessoas que mesmo no gozo de boa saúde, e até ainda na ativa, ocupando outros cargos e funções, acabam conquistando o benefício que foi cassado há muito para o funcionalismo público comum: a figura do apostilamento.
Com esse instituto, todo aquele que ficasse, às vezes 4 anos, às vezes 10 anos (variando de acordo com os humores dos governantes de plantão e da mobilidade da lei) ocupando cargo em comissão no serviço público incorporaria ao seu salário a comissão da função.
Alegava-se que era para oxigenar a máquina e permitir o rodízio de servidores nos cargos de confiança.
Com governantes, alguns dos quais ficaram apenas 10 dias no cargo, chega a ser patético que não tenha acabado a concessão. Porque, para os que já têm o direito assegurado, dificilmente alguém pode defender o corte da vantagem.
Afinal, para o mal ou para o bem, é assegurando-se o cumprimento dos direitos conquistados que se cria e fortalece o Estado do Direito.
Ou não?
Os aposentados que passaram a pagar INSS, que o digam...
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Mas, é bom lembrar que não são apenas os governadores os beneficiários não. Há também os prefeitos, etc. etc...

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