terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tarde vadia

TARDE VADIA

Outra tarde vadia
Esperando o tempo passar
Na soleira da porta
Ansioso a te esperar

E você, se esconde
Como se esconde
O sol
Atrás de um horizonte vermelho
De sangue, berrante
Como seu batom

Sua ausência
Torna a nossa casa tão vazia
Faz a noite parecer tão fria
Como frio é o brilho prata do luar

Te procuro
E  te busco aonde a vista alcança
Redesenho teu corpo na esperança
De outro instante de paixão

Te diviso
Redefino o meu horizonte
Rememoro as linhas perdidas
Deste corpo que é minha inspiração

E você se esconde
como se esconde
A razão
Que torna a minha noite escura
Sem vida, errante
Pura negação

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