Gerado o resultado positivo de 78,9 bilhões, já comentado para o governo central relativo a todo o ano de 2010, assinalamos que esse resultado se deveu, especialmente aos valores do mês de dezembro, quando até a Previdência deu superávit, embora fosse deficítária para todo o exercício fiscal.
Parte da explicação do comportamento de dezembro, pode ser vinculada à antecipação do pagamento de 13° para pensionistas e aposentados.
Outros fatores importantes relacionam-se à melhoria da arrecadação, seja pela expansão do volume de emprego (dezembro apresentou taxa de nível de desemprego reduzida em níveis recordes), seja pelo aumento da formalização das relações de trabalho, seja por ser um mês com duas datas para o recolhimento de contribuições previdenciárias, para trabalhadores como empregados domésticos, e outros.
Por seu turno, o resultado para todo o ano foi negativo em 42,9 bilhões.
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Comportamento semelhante foi apresentado pelo Banco Central, que apresentou déficit de perto de 520 milhões no ano, mas teve um dezembro positivo de cerca de 153 milhões.
No caso da Autoridade Monetária, parte da explicação do déficit está ligada à receita auferida pelos títulos mantidos em sua carteira, confrontada com os rendimentos que deve pagar aos portadores de títulos de sua emissão. Inclui-se aí, as operações de swap e operações de câmbio, além das contas tradicionalmente atreladas às necessidades de seu funcionamento.
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Por fim, ao resultado obtido pelo governo central, deve-se acrescentar outros resultados como o proveniente das contas de estados e municipíos, para chegar-se ao resultado total do orçamento primário, cuja previsão é um superávit de 3,3%.
É esse resultado total que deverá ser anunciado na próxima segunda feira.
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