Quem me acompanha desde o início sabe que sempre fui favorável à eleição e diplomação de Tiririca. Como sou favorável a que, em um país com a percentagem de analfabetos que nosso país insiste em manter, seja criada condição, sempre de se assegurar que essa parcela da população seja representada por excelência.
Trocando em miúdos: creio que, para representar um analfabeto, e poder expor suas agruras e suas expectativas, só mesmo sendo um analfabeto.
Doutores, como sempre foi tradição em nosso país, não há mais quem duvida, só representam os letrados, iluminados e que tais.
E, se o percentual de analfabetos funcionais em nosso país é, de longe, o que melhor representa a grande maioria de nossa população e nosso eleitorado, então, dá-lhes Tiririca.
E, sem qualquer preconceito, sempre manifestei minha opinião de que a perseguição feita ao artista circense era um desatino, para falar o mínimo. Um doutor (procurador), quem sabe querendo pegar carona na fama e na esmagadora votação que tornou Tiririca o deputado mais votado no país, nesse ano de 2010.
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Mas, daí a Tiririca, que toma posse amanhã junto a seus novos colegas, contribuindo para a renovação de 60% das bancada, querer fazer parte da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, vai uma distância muito grande.
Uma coisa é representar do plenário, nas votações. É representar o povo que o elegeu nos discursos, do pinga-fogo, ou na apresentação de propostas.
Bastante diferente é participar da Comissão que analisa, tecnicamente, os projetos que os nobres deputados propõem.
Tiririca pode sim, ter várias propostas. Pode e deve apresentar vários projetos. E defendê-los com unhas e dentes, até mesmo prestando depoimentos e fazendo argumentação oral, em plenário ou na própria Comissão.
Mas, a César o que é de César. Vamos deixar as vagas da Comissão para aqueles que têm atuação mais próxima, e experiência maior, na área da Educação e até mesmo da Cultura.
Claro: é na cultura que se encontra a principal experiência do palhaço. Mas, a Cultura que temos que discutir naquele foro é, sem dúvida, bem mais ampla e abrange um universo que Tiririca, a princípio, parece não dominar.
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