SABERES
Saber comer angu
como se carne fosse
saber fantasiar o lixo
a lata suja
Saber usar palavra como arma
engatilhada, pronta a explodir
e nela esconder minha cabeça
Saber saber como se sábio fosse
saber querer como se só pudesse
querer saber para que então tivesse
inteligência pra fantasiar.
(E este som que vem da avenida
que fosse o surdo de meu carnaval
a fantasia de minha palavra
um palavrão sincero, natural.)
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