quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

As consequências econômicas das chuvas

Finalmente ontem, no Jornal da Band, Joelmir Beting ao fazer referência a projeções da FIPE-USP, para o comportamento das taxas de inflação no mês de janeiro, falou com todas as letras o óbvio.
Com as chuvas, a perda das plantações e colheitas, não há governo, nem Banco Central que, mesmo usando toda a artilharia que existe em seu poder relacionada à manipulação de taxas de juros, créditos e moeda, consiga impedir a disparada dos preços de produtos agrícolas, de produtos hortifruti.
E de quebra, com estradas quebradas, ou se derretendo sob os montes, que permitam aos produtos alimentares industrializados chegarem a seu destino, respeitado o prazo de validade de alguns deles.
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Pior: com estradas interrompidas, os fretes sobem. As viagens dos caminhoneiros ficam mais caras. São mais diárias a serem pagas, e aumenta o custo também por esse desperdício.
Com fretes mais caros, sobem os preços dos demais produtos, tornando generalizado um problema de aumento de preços, antes localizado nos cinturões e produtos verdes da mesa do consumidor.
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É como definiu o comentarista, a inflação por choque de oferta. À qual se une a questão da própria sazonalidade (produtos da época de verão tendem a se tornar mais caros no verão!).
Ainda bem que não houve, ainda ou até aqui, qualquer comentário sobre outro fator, considerado eterno vilão da inflação: a elevação dos gastos públicos.
Gastos que deverão se elevar, claro, para poder por em marcha as necessárias reconstruções e financiar ajuda (humanitária) e financiamentos para obras que impeçam para o próximo ano, que a gente assista ao replay de tanta destruição e morte.
E elevação de preços.

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