quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dois poemas de salários

                                    SALÁRIO

do salafrário
ao operário.

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                                                 Tudo termina em Samba

                                               Se o patrão te despedir sem justa causa
se o salário não alimenta,
não aumenta
se o medo te fizer calar a boca
se seu filho não tiver nenhuma roupa
vê se aprende desgraçado,
que você é explorado
é vendido, é traído
vê se explode no silêncio.
Se sua mulher reclama e te atormenta
se seu time não vence o campeonato
e o espectro do desânimo te invade
Mas se o samba continua no asfalto
sai prá rua, sai e denuncia a fraude
ou se cale, vê o carnaval e aplaude

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