Já começam as tratativas e as especulações da equipe, primeiro de transição de governo, e dos novos "primeiro e segundo escalões do poder": ministérios e presidências de estatais, entre outros.
José Eduardo Dutra, na coordenação política; Palocci, na área técnica da equipe de transição. Pimentel, com grande influência, ao lado de José Eduardo Cardozo.
Para um futuro ministério, já se fala no nome de Luciano Coutinho, na manutenção de Paulo Bernardo, na permanência de Mantega, de Henrique Meirelles, para ficar apenas nas cadeiras ligadas à área econômica.
Pode-se perceber a marca de uma certa continuidade, natural, no ar. Embora algumas trocas de cadeiras possam estar presentes no horizonte.
Henrique Meirelles, por exemplo, sairia do Banco Central e iria para a área de Transportes ou Infra-estrutura.
Luciano Coutinho deixaria a presidência do BNDES, onde fez um excelente trabalho e iria para a pasta da Fazenda.
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O que se prenuncia, dada a importância atribuída à coordenação técnica, a Antônio Palocci, é um início de governo e de propostas bastante ortodoxas e conservadoras.
Dada sua formação avessa à área econômica, Palocci deve se deixar orientar pelos manuais conservadores, pelos sinais do mercado, por opiniões de economistas com maior trânsito e influência na mídia, justo os que detém os pensamentos mais ortodoxos.
Daí não ser surpresa a informação já nos jornais de hoje, da preocupação em reduzir a previsão do centro da meta inflacionária.
E, de quebra, as medidas que deverão ser estudadas, para reduzir os reajustes dos servidores públicos. Esquecem os órgãos de imprensa, que o reajuste dado aos servidores no segundo mandato do governo Lula, a título de recomposição dos salários defasados, já se esgotou e que o próprio governo já se preocupou em apresentar um programa de correção salarial que, praticamente congela os salários dos servidores, limitando-os a um mínimo.
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É fato que deverão ser tomadas medidas mais duras no controle do câmbio e, em especial do fluxo de capitais. É certo que a questão previdenciária deverá ser rediscutida e tratada da forma que deve e merece ser tratada. Preocupada em dar viabilidade de longo prazo a nosso sistema previdenciário.
É certo que os salários de funcionários deverão ter tratamento que permita manter o nível de remuneração em condições de não impedir os gastos em obras que acabam, por seu caráter, implicando em posterior aumento de salários reais para toda a população. Esse é o caso de gastos na saúde pública e sua melhoria. Na educação pública. Em saneamento básico, etc.
Mas, não se deve nunca deixar de recordar que o que deve se buscar é, exatamente, o fortalecimento da capacidade de o Estado prestar os serviços à população, para os quais foi criado e que dão sustentação a sua existência.
Como não se deve deixar de lembrar também, que sem um corpo de servidores públicos, motivados, capacitados, treinados e bem remunerados, não há como prestar serviços públicos da qualidade que nossa sociedade demanda.
Um comentário:
PMDB, Michel Temer...é melhor a Dilma começar a tomar uns analgésicos para futuras dores de cabeça;;;;
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