DIREITO DE AMAR
Se só dever tivesse o homem, nenhum direito
nem de sorrir, nem de chorar ou de cantar
seria tudo um grande nada em seu peito
não haveria necessidade de amar.
E se deixar a luta inglória não aceito
por não saber como seria abandonar
o amor que nos foi dado por direito
e que a vontade extrema vai tomar.
Um canto triste de guerra lançaria
e gritando pela noite até estar rouco
eu buscaria alguém que me escutasse
E se o mundo surdo, em volta, não ligasse
ou se apenas me julgasse um pobre louco
gritava só, prá ver se eu não desistia
gritava só, prá ver se eu não desistia
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