quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Outro poema - um soneto dos dezessete anos

DIREITO DE AMAR


Se só dever tivesse o homem, nenhum direito
nem de sorrir, nem de chorar ou de cantar
seria tudo um grande nada em seu peito
não haveria necessidade de amar.

E se deixar a luta inglória não aceito
por não saber como seria abandonar
o amor que nos foi dado por direito
e que a vontade extrema vai tomar.

Um canto triste de guerra lançaria
e gritando pela noite até estar rouco             
eu buscaria alguém que me escutasse            

E se o mundo surdo, em volta, não ligasse   
ou se apenas me julgasse um pobre louco 
gritava só, prá ver se eu não desistia   

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