Tenho que admitir que 4 a 3 é um placar que todos nós, atleticanos, não imaginávamos possível de acontecer, nem mesmo em nossos momentos de maior devaneio.
E tenho de admitir também meu alívio, ao final do jogo, quando percebi que não ia se configurar a frase que ficou martelando minha cabeça, ao menos a partir dos 32 minutos do segundo tempo. A frase que diz que jogamos como nunca e o resultado foi como sempre.
Não foi. O resultado não foi o mesmo das últimas partidas, embora ... por pouco.
Sou atleticano há muito tempo e muito seguro de minha paixão, para poder admitir que demos muita sorte.
OK, ganhamos e nem foi com gol de mão roubado, aos 48 minutos do segundo tempo.
A mim não me agrada e eu não concordo com a frase de que para vencer vale tudo. Por uma razão simples. Não é uma mera frase. Arrisca ser a expressão de uma filosofia ou uma postura de vida.
Consagrada há muito tempo como a lei de Gerson, embora o nome seja uma homenagem talvez injusta a um garoto propaganda ingênuo (como garoto propaganda!, vamos deixar claro!)
Ganhamos com sorte, e dizem que os vencedores têm que ser bafejados mesmo pelos Deuses.
Menos mal.
Deu Galo!! E saímos, finalmente, da região em que Vanderlei Luxemburgo nos colocou e nos deixou: o rebaixamento.
Como ainda não está nada assegurado, vale o alerta. Por que jogamos como time grande no primeiro tempo e depois como time pequeno, de segunda categoria, no tempo final?
Porque no segundo tempo corremos todos para a defesa, protagonizando um agoniante e terrível ataque contra defesa.
Porque parece que, apesar dos gritos de Dorival Júnior, à beira do campo, mandando o time avançar e jogar, nós vimos o time, em campo, adotar o complexo de cachorro vira-latas, de que nos falava Nélson Rodrigues?
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