terça-feira, 19 de outubro de 2010

Econômicas

Mais uma semana de reunião do COPOM, para definição da taxa de juros básica da economia brasileira: a taxa meta da SELIC.
Vem a ser a taxa que remunera os títulos públicos do Governo Federal.
Vem a ser, também, o principal elemento atrator dos recursos externos cujos donos ou gestores insistem em enviar a nosso país, na busca da maximização de seus rendimentos.
Afinal, enquanto outras economias como a americana adota uma taxa de juros próxima de zero, nós adotamos uma taxa que deve ser mantida, hoje, na casa de 10,75%.
Esse é, reduzido do pouco rendimento obtido por nossas aplicações no exterior , o custo da manutenção de nossas reservas internacionais.
Explico: mantida a taxa elevada, o recurso externo entra em nosso país (não uma entrada física, mas o crédito correspondente a esse valor, depositado em contas em nosso nome). Dado que em nosso país o padrão monetário é dado pelo real, o aplicador tem de fechar o câmbio, ou converter a quantia em reais. Para proceder à conversão, o governo emite expandindo a base monetária. E para não deixar que esse montante extra de reais alimente gastos e trasnforme-se em um fator inflacionário, o governo emite títulos, que pagam a tal taxa.
Tudo bem: o mercado já determinou que a taxa deve permanecer no patamar em que se encontra. Vai daí que todos os analistas esperam que a taxa seja mantida, no comunicado que dá encerramento à reunião na tarde de amanhã.
Enquanto isso, na campanha eleitoral ninguém mais discute alternativas de política econômica. Afinal, depois de ter dito que o Banco Central não podia ser tratado como a Santa Sé, e nem teria o dom da infalibilidade, o candidato Serra achou melhor não abarrotar a agenda com MAIS temas religiosos.
Pena. Com esse comportamento, o que fez foi trazer o aborto, a uma discussão que mais que importante é necessária.

Um comentário:

Cris Feitosa disse...

Acho que eles não tocam no assunto,por acharem que não arrecadariam muitos votos, o povo é um pouquinho burrinho e não entende muito disto, então vamos falar de algo que abale o povo, falar de algo que emocione o povo e que ele, o povo, entenda - fica mais fácil para eles - Acho que é isso.