sexta-feira, 15 de outubro de 2010

De economia e o câmbio - e eleições, que ninguém é de ferro.

O Vinícius, meu aluno, está sentindo falta de postagens com temas econômicos.
Mas, tá lá, no portal do IG a projeção de que o Brasil gastará a fortuna do Eike Batista para manter as reservas recordes de 280 bilhões de dólares.
Estima-se que o custo é de 27 bilhões. Algumas outras projeções falam de 25 bilhões.
O cálculo é simples. Consiste em apurar quanto o montante de reservas rende ao país, à taxa de juros praticada no exterior (zero ou próxima disso nos EUA). Esse valor é contraposto a quanto rende o fluxo de dólares que se dirige ao nosso país, atraído pelos 10,75% da taxa Selic, paga pelos títulos que o governo deve lançar no mercado, para retirar de circulação os reais emitidos para o fechamento do câmbio.
A diferença de juros e a taxa elevada em nosso país explica o influxo de recursos. Daí à emissão de reais e a necessidade de se promover sua esterilização com a troca por títulos. Que elevam a dívida pública e o pagamento de juros. Que implica em déficit público maior. E daí à necessidade de juros mais altos para o financiamento das contas públicas. Simples, não?
O andar de cima ri às mil maravilhas. Só não entendo porque parece apoiar o candidato que já sinalizou que vai reduzir os juros. Afinal, nunca antes na história desse país, ganharam tanto...

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