Que país é esse?

Não é homenagem a Renato Russo. Nem mesmo ao autor da frase, o então presidente da Arena, Francelino Pereira, depois governador de Minas Gerais.
Poderia ser referência ao poeta Affonso Romano de Santanna, que descobriu entre nossas tradições, a de há 500 anos matarmos índios e crianças...
Mas, não vou  fazer a devida homenagem a seu poema, que tenho pendurado em uma moldura em minha sala de estar...
Essa nota é apenas para revelar minha incredulidade. Em relação ao comportamento de Bernardinho, técnico da seleção de voley masculino, e grande ídolo do esporte. Grande esportista. E, por vencedor, autor de livro e, transformado em conferencista de temas motivacionais. O mesmo Bernardinho que, para evitar enfrentar Cuba, preferiu jogar pela janela toda sua trajetória no esporte. Saiu derrotado, por querer perder. Jogando com o regulamento do torneio. Regulamento equivocado, capaz de premiar aos derrotados ... Ao vencedor, as batatas???
Revelar minha incapacidade de entender o comportamento de... da Folha e da colunista Mônica Bérgamo. Deve estar faltando muito assunto, até mesmo em altas rodas sociais, para dedicar toda uma página a ... Charlie... o cão. Sim, o cachorro que foi contratado por dez mil reais para posar para uma campanha publicitária.
E que, a dona achou por bem, não deixar continuar trabalhando em tão extenuante atividade, já quo, afinal, o cãozinho não precisa disso. Só a bolsa Louis Vuitton em que guarda seus brinquedinhos deve valer mais que isso.
E lembrar que depois de amanhã comemora-se o dia da Criança. Que de criança não tem nada, já que é apenas e tão somente, mais um dia de consumerismo, tendo a criançã como desculpa.
E lembrar que milhares de crianças continuarão sendo destratadas nas ruas, por gente que, enojada, vai fechar a janela de seus carros blindados.
Curiosa a data, aliás, que vem a ser também a  de homenagem à teimosia. Não da criança sem educação e limites, mas daquela teimosa imagem que insistia em sair das águas, para vir a se tornar a padroeira do Brasil.