segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mais um debate

Agora na RedeTV, ontem à noite, domingo.
E, o que pode-se concluir é que propostas mesmo, muito poucas. A ponto de, ao final do programa, ao ser entrevistado, o candidato Serra ter lamentado não ter tido condições para expor suas promessas de aumento do salário mínimo para 600 reais, 13° salário para quem ganha o Bolsa Família, e outras promessas que tais. Todas eleitoreiras e demagógicas.
Menos mal para ele. Se vier a vencer a eleição, pode alegar que não teve tempo de fazer a promessa e não passar por mentiroso.

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Cada vez mais, a Dilma mostra-se uma candidatura muito difícil de ser carregada. Um verdadeiro fardo, mesmo que seu discurso seja melhor, por menos fantasioso que o do oponente.
Mas, de fato, ela não tem jogo de cena. Falta-lhe presença de espírito para mostrar ao eleitor estar preparada para enfrentar os percalços que um executivo, caso ela ganhe o pleito, vai enfrentar.
Ora, o Serra fala em que o Enem, criado pelo Ministro Paulo Renato, como o antigo provão, foi criticado pelo PT, que agora acabou por desmoralizá-lo.
E o que faz a candidata? Afinal, o Enem só apresentou os problemas  citados pelo Serra porque a Polícia Federal do governo petista agiu.
De mais a mais, o antigo provão deu origem a outro tipo de teste: o ENADE. E esse muito mais completo e, na minha forma de ver a coisa, realmente transformado em um instrumento de avaliação da qualidade de ensino e do tipo de profissional que as instituições de ensino superior vêm formando.

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No momento em que, para parecer irônico, Serra argumentou que a Dilma parecia estar em campanha para governadora do Estado de São Paulo, e não para a Presidência, a candidata não aproveitou a situação para elogiar o povo paulista e o orgulho que, qualquer personalidade política teria de ser governadora de povo tão laborioso, etc.
Ela até falou elogiosamente do povo bandeirante, mas em outro momento, perdendo o timing.
E ao final, gaguejou e falou mais uma vez como alguém que não treinou a fala corretamente.
Além de passar, algumas vezes a impressão de estar arfando, com dificuldade de expressão.
Em verdade, mostra claramente que é executiva na acepção do termo: muito fazer e agir, e poucas falas.
A ver o resultado.

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Mas o Serra vir com aquela que não conhecia o Paulo Preto, por ser este um apelido pejorativo, por se referir a uma característica de raça,  faça-me o favor, né?
Vai ser politicamente correto, noutro canal. Pegou mal, e parece que até a amostra de 27 indecisos que estavam na platéia, acompanhando o debate e julgando as respostas e participações dos candidatos perceberam e não gostaram.
Embora o Serra tenha vencido o debate, na opinião desse grupo de pessoas, segundo informações dadas ao final do debate.

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Serra ganhou o debate, mas mais uma vez, acho que muitos de nós perdemos nosso tempo.

Um comentário:

Cris Feitosa disse...

"Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia."

Marquês de Maricá